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Militantes islâmicos sunitas invadem maior refinaria do Iraque

Publicada em 18 de Junho de 2014 �s 14h53


Vista geral da refinaria de petróleo de Baiji, norte do Iraque (21/1/2009) Vista geral da refinaria de petróleo de Baiji, norte do Iraque (21/1/2009) Militantes islâmicos invadiram a maior refinaria de petróleo do Iraque após atacá-la com morteiros e metralhadoras. Uma autoridade citada pela agência de notícias Reuters disse que os militantes controlam agora 75% da refinaria Baiji, a 210 km ao norte de Bagdá. Imagem: ReutersVista geral da refinaria de petróleo de Baiji, norte do Iraque (21/1/2009) Forças do governo realizaram novos ataques aéreos contra os combatentes que avançam rumo à capital. Confrontos também foram registrados na cidade de Ramadi, no oeste do país. O governo luta para conter os militantes do grupo Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) e seus aliados sunitas e tenta fazê-los recuar nas províncias de Diyala e Salahuddin, após combatentes terem tomado a segunda maior cidade do país, Mosul, na semana passada. Baiji é responsável por um quarto de toda a capacidade de refino do país, destinada ao consumo doméstico de gasolina e combustível para geradores de energia, disse uma autoridade à agência de notícias Associated Press. Militantes na Província de Anbar, cuja capital é Ramadi, disseram ter feito avanços, com diversas delegacias perto da cidade de Hit sendo administradas agora por tribos dissidentes. No norte do país, o governo iraquiano disse ter recapturado a citadela da cidade estratégica de Tal Afar, tomada por militantes na segunda-feira. Centenas morreram desde o início da ofensiva na semana passada. Entre os mortos, acredita-se estarem soldados capturados e executados a tiros por esquadrões liderados por integrantes do EIIL. Durante os confrontos na cidade de Baquba nesta semana, 44 prisioneiros morreram dentro de uma delegacia em circunstâncias ainda não esclarecidas. Imagem: Reprodução/APManifestantes gritam em favor do Estado Islâmico do Iraque e do Levante em frente do governo provincial de Mosul (16/4) Discurso forte O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, foi à TV na terça-feira e, ao lado de líderes sunitas e curdos, fez um pedido por união nacional diante do avanço dos militantes. Eles exigiram que grupos abandonem suas armas. No entanto, tal pedido não deve ter muito efeito já que Maliki apoiou abertamente a formação de milícias xiitas para lutar ao lado de tropas iraquianas, informou o correspondente da BBC Jim Muir em Irbil, no norte do Iraque. Em um discurso de tom forte pouco habitual, Maliki acusou a Arábia Saudita, de maioria sunita, de apoiar o EIIL. O premiê também exonerou quatro comandantes da Aeronáutica por não impedir o avanço de militantes. Com áreas xiitas na capital sofrendo ataques quase diários, correspondentes dizem que moradores de Bagdá desenvolveram uma mentalidade de guerra. Muitos estão estocando itens essenciais, como alimentos, disseram correspondentes, o que elevou fortemente os preços dos produtos. O EIIL cresceu como uma organização ligada à Al-Qaeda no Iraque. O grupo tem cerca de 10 mil combatentes no Iraque e na Síria e tem recebido apoio de outros grupos militantes sunitas, incluindo homens e soldados que eram ligados a Saddam Hussein. A organização explora o impasse entre o governo iraquiano e a minoria sunita, que acusa Maliki, um xiita, de monopolizar o poder. O EIIL é liderado por Abu Bakr al-Baghdadi, uma figura obscura conhecida como um comandante de campo e líder tático. Reação internacional A escalada na crise no Iraque tem preocupado os países vizinhos. O presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse que Teerã não "vai medir esforços" para defender locais sagrados xiitas no Iraque contra "mercenários, assassinos e terroristas". A Turquia disse estar investigando relatos de que 15 turcos foram sequestrados pelo EIIL na terça-feira. Outros 80 turcos haviam sido capturados em Mosul na semana passada. Já o ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Saud bin Faisal, alertou que o Iraque enfrenta o risco de uma guerra civil. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deverá detalhar a situação no Iraque a líderes do Congresso e, na Grã-Bretanha, o primeiro-ministro, David Cameron, deverá se reunir com seus principais assessores de segurança para discutir o assunto.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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