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Milhares de estudantes marcharam, esta terça-feira, pelas ruas da capital chilena em protesto contra a reforma educativa promovida pelo Governo de Michelle Bachelet, considerando-a insuficiente e pouco representativa.
Segundo o intendente da região metropolitana de Santiago do Chile, Claudio Orrego, foram registados incidentes no final da marcha que resultaram em 90 detidos e em seis polícias feridos.
Esta foi a segunda vez que estudantes dos ensinos secundário e universitário se mobilizaram num intervalo de dois meses.
A marcha de terça-feira, que juntou cerca de 40 mil pessoas segundo os organizadores e 15 mil de acordo com a polícia, contou, desta vez, com a adesão de professores, os quais decidiram participar em nome da defesa de uma educação pública e gratuita para todos os níveis de escolaridade, algo que, a seu ver, deve ser consagrado como um direito constitucional.
A presidente da Federação de Estudantes do Chile, Melissa Sepúlveda, assegurou que o movimento estudantil não irá aceitar uma "maquilhagem" do atual modelo de ensino: "Não vamos cometer os mesmos erros. Não estamos dispostos a sentarmo-nos [à mesa] sem nenhuma garantia para tentar validar uma reforma educativa que já está em curso".
O Governo de Michelle Bachelet enviou já ao Congresso os primeiros projetos de lei que visam reformar a Educação do Chile, enquanto estudantes e professores convocaram uma greve nacional para o próximo dia 25.
Além da marcha na capital, houve mobilizações estudantis em pelo menos mais seis cidades chilenas, de acordo com a agência Efe.