Imagem: Reprodução/canaltech Para a Microsoft, vídeos em primeira pessoa, gravados com câmeras como a GoPro ou o Google Glass, são chatos. Mais do que isso, apresentam baixa qualidade e são tremidos demais, tornando a experiência bastante entediante para quem assiste e não estava presente nas aventuras que o originaram. A solução da empresa, porém, não é um novo produto revolucionário nem uma plataforma própria, e sim, uma tecnologia chamada Hyperlapse.
Em um vídeo do Microsoft Research, seu laboratório de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, a empresa exibe a novidade utilizando duas gravações, uma de alguém fazendo uma escalada e outros com uma pessoa andando de bicicleta pelas ruas. Ambos, se assistidos na “velocidade normal” são longos e pouco atrativos. A solução para agilizar as coisas seria aplicar o efeito de “lapso de tempo”, que acelera as imagens. A instabilidade delas, porém, faz com que eles se tornem impossíveis de se ver desta maneira.
É aí que entra o Hyperlapse. Como explica o The Next Web, a tecnologia é capaz de fazer um mapeamento tridimensional das imagens gravadas, essencialmente reconstruindo o vídeo por completo. Durante a renderização das imagens em alta velocidade, a tecnologia toma um caminho menos tortuoso que o do próprio responsável pela gravação, resultando em imagens suaves e muito mais fáceis de serem assistidas em alta velocidade. saiba mais Já pensou em um computador do tamanho de um pendrive? Microsoft vai lançar prévia do novo Windows no dia 29 Cientistas criam transistor do tamanho de um átomo Cientistas criam robô que "precisa ir ao banheiro" Apple anunciará iPad 3 em 7 de março, diz site Leia mais sobre Novidades
Para os mais puristas, dá para dizer que o produto final é pouco autêntico, não correspondendo aos caminhos que o próprio autor seguiu durante suas aventuras. Mas para fins de exibição, porém, parece ser uma alternativa bastante interessante, principalmente para quem deseja mostrar um momento específico de suas aventuras, reduzindo assim o Hyperlapse, ou apresentar de forma rápida e com qualidade aquela recente viagem de férias.
A ideia dos pesquisadores, inicialmente, é liberar um aplicativo para Windows especificamente para aplicação do efeito, mas no futuro, a tecnologia pode ser aplicada também às próprias câmeras que são utilizadas para gravação desse tipo de vídeo. Os resultados, segundo a Microsoft, poderiam até mesmo ser melhores nesse caso, já que o mapeamento tridimensional do ambiente seria feito em tempo real e a câmera poderia ajustar seu foco de forma mais dinâmica.
Como se trata de uma iniciativa ainda em fase de estudo ou pesquisa, claro, a empresa ainda não tem exatamente uma data de lançamento ou aplicação prática. Mas a expectativa é que a novidade não demore para chegar às mãos dos editores de vídeo ou amantes dos esportes radicais, os principais afetados pela mudança.