Um menino de apenas dez anos foi raptado e torturado durante toda a tarde desta segunda-feira (18), na cidade Timon, no Maranhão. De acordo com a Polícia Civil, os autores do crime seriam membros de uma facção criminosa que agiriam para punir pessoas que supostamente cometeram crimes. Um homem apontado como mentor do rapto e tortura do menino foi preso.
O delegado Michel Sampaio, titular do 3º Distrito Policial em Timon, contou que um adolescente foi até a casa do menino e avisou à família que o garoto havia sido raptado por que o grupo suspeitava que ele havia participado do roubo de uma moto. “E só libertariam a criança caso a família devolvesse a motocicleta ou indicasse a sua localização”, disse o delegado.
O caso foi denunciado à Polícia por volta das 17h. A mãe vítima informou aos policiais que sabia onde ficava a casa de um dos membros da facção criminosa. Os policiais diligenciaram até o bairro Lourival Almeida, onde conseguiram avistar o suspeito quando libertava a criança.
“A Polícia fez o que a gente chama de ‘ação retardada’: não prenderam o indivíduo de imediato. Deixaram a criança seguir até a casa da avó, sendo liberado, em seguida seguiram o autor do crime até a casa que foi identificada como o eventual cativeiro. E lá colheram provas do crime de extorsão e de tortura”, contou o delegado Michel Sampaio.
As provas colhidas pelos policiais, de acordo com o delegado, atestam que o menino foi torturado durante toda a tarde para que confessasse crimes. Um rapaz identificado como Francisco Rodrigues Andrade, conhecido como Lourinho, foi preso suspeito de ser o mandante e autor da tortura.
Ainda segundo o delegado Michel Sampaio, o rapaz preso é suspeito de praticar um crime semelhante contra duas pessoas há cerca de uma semana. “Ele, mediante tentar praticar justiça com as próprias mãos, torturou um casal de pessoas acusadas de praticar o crime de furto, para falar uma coisa que não cometeram", disse.
O casal procurou a polícia para registrar a ocorrência. "Essas pessoas apanharam bastante, por um grupo de dez a quinze pessoas, e citaram o nome do Lourinho como autor e mandante da tortura”, contou o delegado. O caso continua sendo investigado pela Delegacia de Timon, que pretende identificar os membros da susposta facção criminosa.