O médico Marcelo Martins de Moura foi indiciado por homicídio doloso e poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão, em regime fechado. Pelo menos essa é a vontade do delegado Beny Cavalcante, titular do 14°DP (Altos) e presidente do inquérito que investiga o acidente entre uma Hillux e um veículo Siena, no último dia nove de junho, na BR 343, e que vitimou fatalmente cinco pessoas da mesma família.
Preso em flagrante, o médico foi responsabilizado pelo delegado, que entendeu que o profissional de saúde assumiu o risco de cometer o acidente, após dirigir seu veículo Hillux embriagado. “A embriaguez foi comprovada por todos os depoimentos das testemunhas do acidente. Além do fato dele estar na contramão e o estado que ficaram os dois veículos, bem como as marcas no asfalto” destacou o delegado.
De acordo com o inquérito, entregue nesta segunda-feira (18) à Justiça, o médico foi indiciado por dolo eventual, mas, dependendo do entendimento do Ministério Público, ele poderá ser denunciado por homicídio Culposo, ou seja, sem intenção de matar. “O Ministério Público é o dono do processo e vai analisar o inquérito e denunciar pelo culposo ou manter o dolo eventual”, destacou, salientando que ainda falta ficar concluído o laudo da perícia no local do acidente.
Caso, o Ministério Público venha por denunciar o médico por homicídio doloso, ele terá dois caminhos para fazê-lo: doloso simples, que corresponde a uma pena de seis a 20 anos, ou doloso qualificado, que corresponde a uma pena de 12 a 20 anos de prisão, em ambos os casos em regime fechado. Quanto ao médico, ele continua preso, mesmo após a conclusão do inquérito, tendo em vista que ele está preso preventivamente e somente uma decisão judicial para soltá-lo.