Publicada em 07 de Novembro de 2015 �s 10h05
A Maternidade dona Evangelina Rosa (MDER), através do seu Banco de Leite Humano (BLH), está apoiando o AmamenTHE, evento de incentivo à amamentação que acontece neste domingo (8), a partir das 16h, no Complexo Turístico Ponte Estaiada. O “mamaço" é de iniciativa do grupo de mães Amamen, que luta pelos direitos da amamentação.
Uma equipe de dez nutricionistas vai esclarecer dúvidas sobre vários assuntos ligados à amamentação, inclusive os direitos das lactantes. Dentre as leis que amparam a a mãe que amamenta está a recente Lei Municipal nº 4.778/2015, que garante o direito de amamentar em público sem sofrer qualquer forma de coação em sentido contrário, sem qualquer tipo de constrangimento ou empecilho.
A orientação às mães é de fundamental importância para o aleitamento. Outro objetivo a ser destacado é o de conscientizar a todos a importância da doação de leite humano para os recém-nascidos internados na Evangelina Rosa, bem como incentivar o aleitamento e apoiar as mães que tem alguma dúvida no período de amamentação. As informações são da nutricionista da Maternidade, Marlívia Osório. Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano, basta estar saudável e não estar tomando nenhum medicamento que interfira na amamentação.
Sobre o BLH O Banco de Leite da MDER trabalha incentivando o aleitamento materno, atendendo em média 40 crianças prematuras. Uma equipe multiprofissional realiza um série de atividades que visam estimular a amamentação e a doação de leite materno. Além disso, a Evangelina oferece um serviço de coleta, onde profissionais capacitados vão até a residência das lactantes afim de coletar o leite humano. Todo esse esforço é para que as mães e familiares entendam a importância do leite materno exclusivo para o bebê nos primeiros meses de vida.
Saúde Com o leite humano, o bebê fica protegido de infecções, diarreias e alergias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido, além de ficar menos tempo internado. O aleitamento materno também diminuiu o risco de doenças como hipertensão, colesterol alto, diabetes, obesidade e colesterol. A amamentação também reduz o peso da mãe mais rapidamente após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia após o parto. As chances de se adquirir diabetes ou desenvolver câncer de mama e de ovário também diminuem significativamente.
Uma série de evidências científicas mostra que o leite materno é capaz de reduzir em 13% as mortes por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a OMS e a Unicef, cerca de seis milhões de crianças são salvas por ano devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva. Além disso, o leite materno tem tudo o que a criança precisa até os seis meses, inclusive água.
Em março, foi divulgado um estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Pelotas, que acompanhou 3,5 mil recém-nascidos durante mais de três décadas. A pesquisa, feita a partir de 1982, comprova que, quanto mais duradouro o período de amamentação na infância, maiores os níveis de inteligência e renda média na vida adulta até os 30 anos. Foi o primeiro estudo no Brasil a mostrar o impacto no QI e o primeiro internacionalmente a verificar a influência na renda. O estudo foi divulgado pela The Lancet, uma das publicações científicas mais importantes do mundo.