Massacre alem�o na Copa pode ter impacto negativo sobre a economia, diz UBS

Publicada em 09 de Julho de 2014 �s 11h46

David Luiz é consolado por Thiago Silva depois da goleada para a Alemanha no Mineirão Imagem: ReutersDavid Luiz � consolado por Thiago Silva depois da goleada para a Alemanha no Mineir�o� O senso comum era que uma derrota do Brasil em casa na Copa do Mundo seria positiva para os mercados financeiros do pa�s. Um rev�s, dizia o argumento, azedaria o humor nacional e levaria os eleitores a derrubarem a presidente Dilma Rousseff, que afundou a economia na estagfla��o. A derrota por 7 a 1 para a Alemanha, nesta ter�a-feira, contudo, foi t�o esmagadora que derruba essa teoria, segundo Geoffrey Dennis, chefe de estrat�gia de mercados emergentes do UBS AG, que cobre o Brasil desde o in�cio dos anos 1990. Sim, a derrota prejudicar� as chances de reelei��o de Dilma em outubro, mas o resultado desigual ao mesmo tempo pode desferir um golpe na confian�a do investidor e do consumidor em um pa�s obcecado por seu esporte nacional, disse ele. saiba mais Candidatos lamentam derrota, mas enviam apoio � Sele��o Jornalista argentino morre em acidente de carro durante persegui��o policial em SP Semifinal Brasil x Alemanha bate todos os recordes nas redes sociais Especialistas v�em pouco impacto da derrota brasileira nas elei��es Derrota do Brasil no Mundial faz governo mudar estrat�gia para evitar preju�zos Leia mais sobre Copa 2014 — Trata-se de uma derrota t�o humilhante que voc� fica imaginando se ela ter� um impacto negativo sobre a mente dos brasileiros — disse Dennis, em entrevista por telefone nesta ter�a-feira de Boston. — Isso confirmar� para as pessoas que ‘nossa economia est� mal, n�o conseguimos crescer e nem sequer temos uma sele��o de futebol decente’. Com os mercados brasileiros fechados nesta quarta-feira por um feriado no estado de S�o Paulo, o iShares MSCI Brazil Capped ETF, composto por a��es brasileiras, subiu 0,5% nas negocia��es em Nova York, enquanto os recibos de dep�sito americano da Petrobras somavam 0,4% �s 8h17m tamb�m em Nova York. A queda na popularidade de Dilma desencadeou a especula��o de que uma nova administra��o assumiria e ajudaria a alavancar a economia. Desde que Dilma assumiu, em 2011, o crescimento desacelerou para uma taxa m�dia anual de 2%, o ritmo mais lento para um presidente brasileiro desde Fernando Collor, que deixou o cargo em 1992 em meio a acusa��es de corrup��o. As pol�ticas da presidente, que visavam a reanimar a economia, alimentaram uma infla��o anual acima dos 6,5%, o limite m�ximo da faixa-meta do governo. Pior derrota A derrota de ontem, a pior da hist�ria da sele��o brasileira, acabou com as esperan�as do Brasil de superar a trag�dia nacional de perder a final da Copa do Mundo de 1950 em casa. O Brasil disputar� agora o terceiro lugar do torneio, no dia 12 de julho. Uma pesquisa do Datafolha publicada em 2 de julho mostrou que 38% dos brasileiros votariam em Dilma na elei��o de 3 de outubro, abaixo dos 44% que declararam seu voto na atual presidente em fevereiro. A�cio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira, ou PSDB, teve 20% de apoio. Milhares de manifestantes protestaram antes da Copa do Mundo, condenando os US$ 11 bilh�es em gastos para receber o torneio em um pa�s onde 7,2 milh�es de pessoas ainda vivem com US$ 1,25 por dia ou menos. Mais de 1 milh�o de pessoas tomaram as ruas no ano passado para protestar contra a infla��o, a corrup��o e os servi�os p�blicos ruins. Vaias no est�dio Depois que a sele��o brasileira foi massacrada por seus advers�rios ontem, algumas pessoas que estavam no est�dio vaiaram Dilma, que havia prometido organizar a “Copa das Copas”. Ela escreveu em sua conta no Twitter que estava triste pela derrota, usando tamb�m a letra de uma can��o popular brasileira para exortar o pa�s a superar a perda. Para Dilma, o jogo pode acabar custando a elei��o, o que, em compensa��o, impulsionar� um aumento de 25% nas a��es brasileiras, segundo Alberto Bernal, diretor de pesquisa da Bulltick Capital Markets. — Isso vai ser catastr�fico para o sentimento nacional — disse Bernal, por telefone, nesta ter�a-feira, de Miami. — Se o mercado vir a possibilidade de Dilma n�o se reeleger, subir� fortemente. Dennis, que nasceu no Reino Unido e torceu para a Alemanha porque seus netos moram l�, disse que a carga psicol�gica da derrota sobre os brasileiros pode demorar um tempo para ser superada. — Eu n�o acho que esse resultado leve a um aumento instintivo nos mercados — disse Dennis. — O Brasil tem que superar essa enorme perda.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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