Marllos Sampaio desabafa...
O deputado federal Marllos Sampaio (PMDB-PI), que está no seu segundo ano do seu primeiro mandato parlamentar, usou a tribuna da Câmara dos Deputados para anunciar suas expectativas para este ano e cobrar uma posição mais firme do presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-SP), anunciando de público que a ele falta “pulso” e “dissernimento”.
“Espero que este seja um ano mais produtivo, que possamos votar matérias importantes. Infelizmente, matérias importantes não foram votadas. O Presidente da Casa, Deputado Marco Maia, tem que ter mais pulso. A PEC 300, por exemplo, ainda não foi votada porque o Presidente desta Casa não a coloca em pauta. A culpa é do Presidente Marco Maia e não dos Deputados Federais”, atacou.
Em tom desafiador, o parlamentar avaliou que Marco Maia precisava de “dissernimento”, optando pela votação de projetos de “interesse da coletividade” e liberação da pauta ao agilizar a votação de “medidas provisórias que tanto emperram o nosso trabalho”. "Esperamos muito que o Presidente da Casa, Deputado Marco Maia, tenha um discernimento maior neste ano”, alfinetou.
Raro Momento
Em seu pronunciamento à nação em cadeia nacional realizado no dia 21 do 12 de 2011 - ato raro em se tratando de presidente da Câmara -, Marcos Maia fez um balanço dos trabalhos da Casa naquele ano. “Os deputados aprovaram 637 novos projetos neste ano. 144, em plenário. E as 20 comissões permanentes aprovaram 493 projetos de leis em caráter conclusivo, que não precisam passar pelo plenário e vão direto para o Senado ou para a sanção presidencial. Esses projetos mexem diretamente com a sua vida”, contabilizou.
Dentre os projetos anunciados pelo presidente naquele balança é possível pincelar “a valorização do salário mínino até 2015, com reajuste anual acima da inflação”, a “regulamentação do aviso prévio proporcional”, “aprovação de 140 novas varas do trabalho nos Tribunais Regionais” e a “aprovação da regulamentação da Emenda 29”, fazendo com que dessa forma “cada Município invista, no mínimo, 15 por cento da sua arrecadação, o Estado, outros 12 por cento e a União vai investir o mesmo valor do ano anterior mais a variação do PIB. Isso tudo sem a criação de nenhum novo imposto”, enumera.
Ainda, “o projeto que amplia o rigor para os crimes de lavagem de dinheiro. Aprovamos ainda a Comissão da Verdade, que vai investigar violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988”, entre outros.