Um som de hélice paira no ar. Se estivéssemos em uma cena de ficção, uma escada portátil seria jogada a esmo e uma heroína corajosa, em um traje que parece ter sido costurado no corpo, desceria dela lentamente, degrau por degrau, cabelos (ruivos) ao vento e pronta para salvar o mundo com punch de garota superpoderosa. Tudo isso levaria cerca de um minuto de tela. Em um piscar de olhos após essa tomada cinematográfica nunca filmada, temos uma musa real voando ao nosso encontro.
Semanas antes de ser coroada nossa Mulher do Ano em 2018, Marina Ruy Barbosa chega de helicóptero diretamente do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 e pousa na nossa porta. Vestindo um macacão, na vida real, tão justo quanto o que imaginamos em nosso roteiro de ação, está pronta – porque não requer retoques – para o shooting de capa da edição de dezembro e janeiro da GQ Brasil que acontece em um domingo. “Confesso que sou apaixonada pelo que faço. Estar no set me alimenta. Posso dizer que 2018 foi de muita alegria e de abraço à minha profissão”, explica sobre este ano em que protagonizou duas (sim, duas!) novelas – Deus Salve o Rei e O Sétimo Guardião.
Sobre sua incursão atual nas telinhas, ela relembra: “Fui muito feliz em Império [em que viveu Maria Ísis, a Sweet Child do Comendador interpretado por Alexandre Nero]. Quando terminou, Aguinaldo [o Silva] me falou que escreveria um papel para mim. Então veio a Luz. Tenho em mãos uma personagem escrita há mais de quatro anos que estava me esperando. Isso é de uma responsabilidade enorme, e de alegria também”.
Ela ainda está em dois filmes, Todas as Canções de Amor, de Joana Mariani, e Sequestro Relâmpago, de Tata Amaral, além de ter assinado uma coleção-cápsula. “Crio metas. Se alguém fala para mim que é impossível, vou atrás para tentar fazer ser possível. Me desafio. Fico orgulhosa de lembrar daquela menina que, aos 8, já sabia o que queria, mas tinha receio de não conseguir”, comenta.
Decidida, sua persona mignon não revela a força gigante de quem lida com a fama televisiva desde cedo, além de administrar as próprias redes sociais em second screen. “Essa é a minha realidade. Não sei dizer se seria mais ou menos feliz sendo mais ou menos conhecida”, conta. São mais de 28 milhões de seguidores só no Instagram – “Sabem tanto de mim que até me assusto. Mas muita gente acaba pensando que sou frágil e doce [risos]. Sou canceriana. Claro que sou supersentimental, mas sou muito certeira naquilo que acredito e no que quero”, diz a atriz revelando um segredo seu ainda não postado (até agora). Apesar de se divertir com seus perfis, reconhece o lado mais cruel da superexposição. “Algumas pessoas estão cada vez mais agressivas. Criam fakes só para expressar alguma ‘opinião’ ou te desejar algum mal. Muito doido. Não consigo entender como pode ter gente que perde tempo da vida escrevendo algo para ferir a outra”, admite.
Leia a entrevista completa com Marina na GQ de dezembro e janeiro e veja como foi nosso Prêmio GQ Men of The Year 2018 que coroou a atriz como Mulher do Ano.