Começou por volta das 16h20 a Marcha da Maconha na região central de São Paulo. O horário foi escolhido por ser mundialmente associado ao consumo e a manifestações pró-legalização da droga.
Os manifestantes, que se concentravam no vão livre do Masp (Museu de Arte de SP) desde o começo da tarde, interdita duas faixas da avenida Paulista no sentido Consolação. A marcha deve seguir pela avenida e passar pelas ruas Augusta, Dona Anônia de Queirós, Consolação e avenida Ipiranga até chegar na praça da República, o que deve ocorrer por volta das 18h.
Sob o lema de "Basta de guerra: por outra política de drogas", a marcha pretende reunir ao menos 5.000 pessoas --mesmo número de participantes do evento do ano passado, que terminou em confronto com a polícia. No início da marcha, a Polícia Militar estimava a presença de 1.700 pessoas.
Policiais que estão no local desde o início da tarde avisaram aos organizadores que serão permitidos cânticos e palavras de ordem, mas não o consumo de maconha durante o protesto.
A Marcha ocorre após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), de novembro, que permitiu manifestações pela legalização da droga.
A PM diz que vai atuar para garantir os limites estabelecidos pelo STF: é proibido "incitação, incentivo ou estímulo ao consumo de drogas" e crianças e adolescentes não podem ser "engajados na marcha". A PM também afirma que acordo entre a Promotoria e a prefeitura proíbe eventos como a marcha na Paulista, mas que vai atuar para garantir o "o direito ordeiro de manifestação".
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) diz que também não foi informada sobre o evento, por isso não elaborou esquema prévio para o trânsito. Mas a companhia está atuando na região da marcha com um plano de contingência, que tem acompanhamento de agentes, bloqueios e desvios, além de orientação aos motoristas e pedestres.
Manifestações semelhantes já foram realizadas neste ano em cidades como Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Para hoje estão marcadas marchas em Curitiba, Manaus, Salvador e Petrópolis (RJ).
Neste ano, a marcha paulistana arrecadou R$ 15 mil pela internet, dinheiro que foi usado na compra de instrumentos de bateria, faixas, rádios de comunicação e material de divulgação. Também foi confeccionado um "bandeirão", que será estendido na avenida, com a palavra "Legalize".