O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) negou que tenha deixado de ser escolhido para o cargo de Ministro do Turismo por veto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e garantiu não haver nenhuma irregularidade em sua vida política que provocasse o veto. As declarações foram feitas durante entrevista ao Jornal do Piauí desta segunda-feira (19).
"Se a Abin fizer uma investigação sobre minha vida política, não tem perigo nenhum de não aprovar meu nome 100% para qualquer cargo. Tenho uma vida honesta, de trabalho e muita responsabilidade", argumentou Castro contra os boatos de que a presidenta Dilma Roussef havia deixado de escolhe-lo para o Ministério do Turismo por conta de um suposto veto proveniente de uma investigação da Abin.
O parlamentou disse ainda que não ficou surpreso com a escolha de Gastão Vieira para o cargo. "Da minha parte não houve expectativa dessa vez. Meu nome havia sido indicado para a liderança do Congresso Nacional, mas como o senador José Pimentel (PT) foi quem assumiu, as pessoas pensaram que dessa vez seria eu, foi só expeculação".
Construtora Jurema
Outra expeculação debatida por Marcelo Castro foi um suposto favorecimento da Construtora Jurema, de propriedade da família Castro, junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
"Um jornalista divulgou que a Jurema comanda o Dnit. Mas a Sucesso tem R$ 228 milhões em contrato com o Dnit, outras construtoras tem outros milhões, mas a Jurema tem apenas R$ 3 milhões em contratos que acabam no próximo ano. Como isso é favorecimento?" disse o deputado, entre risos. "Ninguém aguenta ficar todo tempo respondendo mentira", completou.
Pré-Sal
Marcelo Castro destacou ainda que na última terça-feira (13), houve uma reunião com alguns políticos, na qual o ministro da Fazenda Nacional, Guido Mantega, apresentou uma proposta sobre a distribuição dos royalties. "A proposta nos atende quanto a questão dos royalties, mas ainda falta a participação especial, que é um valor mais representativo".
O parlamentar disse que ainda está buscando soluções que possam favorecer a todos os Estados brasileiros, mas afirmou que se até o dia 05 de outubro a questão não for solucionada, o presidente do Senado Federal, José Sarney, colocará o veto em votação no Congresso Nacional. "Se isso acontecer, tenho toda a certeza de que ganharemos", finalizou.