Confiança. Uma das palavras usadas por Mano Menezes para descrever o que significou a vitória por 3 a 1 sobre o Palmeiras, neste domingo, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro. Para o treinador, o resultado contra a equipe de maior investimento no Brasil mostrou o potencial do Cruzeiro na competição e também a uma resposta a quem ele classificou como "aproveitadores".
- Hoje o Cruzeiro foi ofensivo do jeito que jogou. Criou suficientes chances para fazer três. Não precisa mais do que isso. Pode melhorar o sistema, e claro que queremos. Não existe maneira ruim ou boa para jogar, existe execução boa. Se fizer um bom jogo, de qualquer jeito você consegue um bom resultado. E é isso que gostaria que o torcedor entendensee. De vez em quando, aparece um aproveitador para dizer que o Mano contraria a história do Cruzeiro de jogar futebol. Nas horas das derrotas aparecem às vezes esse tipo de gente. E é gente importante, e isso influencia. E torcedor acha que está certo, não é. Todo mundo gosta de jogar futebol bem jogador, e nós também. Nós também nos cobramos no posicionamento defensivo, nossa defesa era a melhor em rodadas passadas. De uma hora para outra, ela se tornou uma das piores. Esse é um compromisso nosso (de melhorar a defesa). Não pode acontecer, mas em algumas ocasiões acontecem, o que é normal. Só não pode ser a tônica.
Para Mano Menezes, o time cruzeirense soube ter uma postura diferente da dos jogos anteriores e voltou a ter organização em campo, o que, segundo ele, não vinha acontecendo.
- Nossa maior satisfação é ver a alegria do torcedor voltando para a casa com uma vitória, vitória grande, sobre um adversário que dificultou bastante. Mas o Cruzeiro soube ter uma postura diferente, soube vencer. Uma vitória que nos traz confiança. Nós não somos a melhor equipe do campeonato, mas podemos ser uma das equipes mais organizadas do campeonato. Essa sempre foi nossa característica. Quem sabe na ânsia de jogar melhor, futebol mais vistoso abriu fundamentos que não se pode abrir em campeonato como é o Brasileiro. Promessa dos gols era necessário que o treinador fizesse. Ele não podia deixar passar mais um jogo e não fazer gol. Os três gols deixam claro mostram que nossa equipe tem potencial ofensivo, independente da formação, que temos jogadores de qualidade, que todos podem dar parcela construção ofensiva. E um Cruzeiro equilibrado sempre será um Cruzeiro forte, que é o que a gente quer.
Mano comentou também sobre a semana de críticas e protestos da torcida cruzeirense. Ele afirmou que ele é o último que pode abandonar a equipe.
- Até falei que nossa equipe estava tendo aspectos positivos e negativos, quando se lia que os negativos eram culpas minhas e os méritos dos outros. O Cruzeiro é uma equipe inteira treinada pelo Mano, com defeitos e virtudes. Fizemos seis gols em dois jogos na equipe que tem o maior investimento do futebol brasileiro. E as coisas não podem ser feitas em análise rasa. Na hora que está todo mundo abandonando, o comandante não pode, ele tem que estar ao lado dos jogadores. Até com uma responsabilidade forte, acima do normal. Mas é para deixar claro que sabemos onde estão os problemas. Até disse na sexta, quando comentamos posicionamento dos volantes, volta do Henrique. Disse: quem sabe parte dos nossos problemas não passaram um pouco por essa ausência; Pela importância dele, por ser capitão, por saber organizar a equipe. Você precisa ter jogadores capazes para fazer isso. O Cruzeiro foi, de novo, que passou por momentos difíceis e soube conseguir a vitória.
Elogios a Thiago Neves
O treinador cruzeirense também comentou sobre a boa fase de Thiago Neves, artilheiro do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro com cinco gols e que balançou as redes nos últimos quatro jogos do Cruzeiro na temporada.
- Se o treinador fala o que falou, é porque ele acredita nos jogadores. Thiago Neves vem marcando nos últimos jogos todos. O que precisamos é jogadores ajudarem o Thiago. Não pode sobre um jogador carga tão grande, preciso compartilhar mais, vai ter hora que não vai fazer. Hoje Hudson fez, num chute que Romero exectuou, elber entrou e fez. Sassá, no primeiro lance, poderia ter feito. Esse é o caminho. AS coisas acontecem, só quando as coisas coletivas começam a acontecer.