Apesar de confrontos menores entre a polícia e os ativistas, o impasse terminou pacificamente, embora houvesse o temor de que a violência pudesse irromper.
Imagem: DivulgaçãoApesar de confrontos menores entre a polícia e os ativistas, o impasse terminou pacificamente, embora houvesse o temor de que a violência pudesse irromper.
Centenas de policiais removeram à força nesta quarta-feira no distrito central de Hong Kong exaltados manifestantes que tomaram parte de um protesto que exigia mais democracia por parte dos chefes do Partido Comunista em Pequim.
A marcha pró-democracia de terça-feira, a qual segundo organizadores atraiu mais de 500 mil pessoas, e um subsequente protesto pacífico de grupos estudantis, pode ser o maior desafio até agora para a China, que retomou o controle sobre a ex-colônia britânica em 1997.
Muitos dos mais de 1.000 manifestantes juntaram seus braços em uma tentativa de resistir aos esforços de removê-los, mas eles foram retirados um de cada vez, em alguns casos por três ou quatro policiais, à medida que os ativistas chutavam, gritavam e desferiam socos antes de serem colocados em ônibus.
"Eu tenho o direito de protestar. Nós não precisamos da permissão da polícia”, gritava a multidão. Alguns permaneceram desafiadores mesmo após a prisão.
“Desobediência civil não é uma questão não-recorrente. Eu posso voltar e protestar de novo, porque é o único jeito de Hong Kong poder mudar”, disse To Chun Ho, que foi libertado nesta quarta-feira sem acusação formal.
Ativistas que se recusaram a sair foram levados em ônibus para a escola de treinamento da polícia de Hong Kong. Mais de 500 pessoas foram presas, e algumas foram acusadas de participar em um comício não autorizado e de obstruir a ação policial.
Não estava claro por quanto tempo eles ficariam detidos. Cerca de 50 foram libertados sem acusações.
“Nosso objetivo é primeiro conseguir o sufrágio universal e, segundo, fazer o governo responder à voz do povo de Hong Kong por democracia”, disse Frank Chio, um representante da Federação de Estudantes de Hong Kong. “Esse é um passo. Haverá outros."
Apesar de confrontos menores entre a polícia e os ativistas, o impasse terminou pacificamente, embora houvesse o temor de que a violência pudesse irromper.
Autoridades chinesas aposentadas haviam anteriormente alertado que a unidade local do Exército da Libertação Popular poderia ser necessária para restabelecer a ordem na cada vez mais inquieta Hong Kong, mas não houve indicações de que eles seriam necessários nesta semana, quando as autoridades utilizaram um efetivo de 4.000 policiais.