Seis dos oito presos durante os confrontos entre a Polícia Militar e manifestantes contra o aumento da passagem de ônibus, na Avenida Frei Serafim, denunciaram em entrevista coletiva que foram vítimas de agressões e maus tratos na Casa de Custódia, além de ficar junto com criminosos de alta periculosidade.
No entanto, na tarde de hoje, a Secretaria de Justiça divulgou nota chamando os manifestantes de mentirosos. Veja a íntegra:
"Sobre as denuncias feitas pelos estudantes presos na Casa de Custódia na imprensa local, nesta sexta-feira (13), a SECRETARIA ESTADUAL DE JUSTIÇA esclarece que são inverídicas as informações passadas pelos estudantes.
Ao chegaram à Casa de Custódia, na quarta-feira, (11), os estudantes foram informados que não poderiam continuar de calças jeans pelo fato de que os outros presos poderiam pegar a vestimenta e tentar fugir disfarçados de visitantes.
Em seguida a assistente social daquela unidade penal telefonou para os familiares e advogados de todos os detentos pedindo roupas e material higiênico. Os presos passaram também pelo serviço de saúde.
A Secretaria de Justiça esclarece ainda que ao chegarem, os estudantes foram colocados no Pavilhão G, isolados dos outros detentos. Na quinta-feira (12), foram retirados e levados para um pavilhão especial,
onde permaneceram até o momento que foram soltos. Quanto às ameaças que eles dizem ter sofrido, a secretaria afirma que são mentirosas.
Todas as celas da Casa de Custódia possuem colchões. Os detentos não foram algemados nos pés e mãos. Dessa forma, não procedem as informações repassadas.
Por fim, a Secretaria de Justiça esclarece ainda que o sistema penitenciário possui regras e horários que são obrigatoriamente cumpridos por todos os presos que estão detidos a disposição da justiça."
Já os manifestantes afirmam que tiveram as roupas rasgadas e receberam melhor tratamento dos próprios presos do que da polícia.