Cidades de países europeus registraram protestos neste sábado (24) contra as medidas de isolamento adotadas pelos governos locais para conter o recente aumento de casos do novo coronavírus no continente.
Em Londres, os manifestantes se aglomeraram perto do Palácio de Buckingham e caminharam rumo à Trafalgar Square, uma das principais praças da capital britânica. Houve tumulto, e ao menos 18 pessoas foram presas, segundo a emissora BBC.
O Reino Unido adotou novas medidas para conter a Covid-19: as cidades em níveis mais altos de alerta, como Manchester, estão com bares fechados e com proibição de encontros de moradores de casas diferentes. Desde o começo da pandemia, o país registrou mais de 854 mil casos da doença.
A situação também é crítica na Itália, que vem registrando recordes diários no número de novos casos de coronavírus. E, mesmo assim, houve manifestações pelo país contra as medidas de restrição reimpostas em algumas regiões.
Manifestantes marcharam em Roma contra a decisão do governo em repassar aos líderes regionais de impor ou não lockdowns ou outras medidas.
Em Nápoles, pela segunda noite consecutiva, houve tumulto e confronto entre policiais e manifestantes, que protestavam contra o toque de recolher imposto na região de Campania a partir de sexta-feira.
Presidente polonês com Covid
Outro país que registrou protestos neste sábado foi a Polônia, onde uma segunda onda muito pior da epidemia do que a primeira levou o governo a adotar um lockdown. Neste sábado, o presidente polonês, Andrzej Duda, revelou que está com Covid-19, mas passa bem.
Nas ruas de Varsóvia, os manifestantes pediam a reabertura das atividades econômicas. Houve prisões e confrontos com a polícia. A Polônia, somente neste sábado, registrou 179 novas mortes pelo coronavírus — valor diário mais alto desde o início da pandemia.