Na manhã desta terça-feira (4), pesquisadores e estudantes 'abraçaram' o Museu de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina, em um ato em solidariedade às perdas sofridas pelo Museu Nacional, atingido por um incêndio de grandes proporções no domingo (2).
Durante a manifestação, os participantes falaram sobre a necessidade de preservar a história e a cultura e pediram mais investimentos nas pesquisas. Vários documentos e mapas que contam a história do Piauí foram perdidos no incêndio.
Ana Luiza Meneses, doutora em Arqueologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professora da Universidade Federal do Piauí, falou sobre a importância de um ato como esse.
“Essa manifestação se trata de um ato solidário para mostrar a revolta que os pesquisadores estão sentindo por conta desse acontecimento no Museu Nacional. Nós aqui sentimos esse drama e percebemos que somos desvalorizados”, declarou.
A professora ressaltou, ainda, a necessidade de ter arqueólogos trabalhando na tentativa de salvar parte do material destruído. “É indispensável o trabalho destes profissionais, porque ainda é difícil mensurar o que foi perdido nessa tragédia, mas sabemos que muitos documentos e mapas se perderam”, completa.
Pelo menos 90% de todo o acervo histórico presente no Museu Nacional se perdeu durante o incêndio.
TERESINA