Publicada em 25 de Junho de 2013 �s 12h32
Os jovens brasileiros estão recebendo mais informações em relação às formas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez não planejada. É o que revela a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2012).
No Piauí, só no ano passado, cerca de 65 mil adolescentes, de 153 municípios cadastrados no Programa Saúde na Escola (PSE), receberam orientações sobre os mais diversos temas relacionados às doenças sexualmente transmissíveis, o álcool e às outras drogas.
O estudo do Ministério da Saúde, realizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apoio do Ministério da Educação, mostra que 89,1% dos adolescentes receberam orientação sobre DST e AIDS e 82,9% informações de como evitar gravidez. Mostra, ainda, que 69,7% dos entrevistados também sabiam que era possível adquirir preservativos gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
O estudo também mostra que 28,7% dos jovens já iniciaram a vida sexual: 18,3%, meninas, e mais que o dobro, os meninos (40,1%). O uso do preservativo na última relação sexual esteve presente em 75,3% dos casos. A PeNSE 2012 ouviu cerca de 110 mil alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, em 2.842 escolas públicas e privadas, em todas as regiões brasileiras, incluindo as capitais e no Distrito Federal. Cerca de 90% dos estudantes tinham idade entre 13 e 15 anos.
Para Márcia Alcioneide, coordenadora estadual do PSE, a PeNSE é um importante instrumento do Governo Federal que veio com o objetivo de desenvolver políticas públicas na área da educação e de saúde voltadas aos jovens. “Geralmente os jovens têm contato com diversos fatores de risco comportamentais no início da adolescência. É aí que está a importância desse projeto: o da prevenção, pois, antes que eles venham a ter contato com tabagismo, violência e consumo de álcool, a escola, através dessas ações, pode contribuir para que eles saibam fazer a melhor escolha”, frisou.
Nos últimos três anos, foram distribuídos cerca de 1,3 bilhão de camisinhas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) por todo o país. Qualquer pessoa pode receber o preservativo, sem precisar apresentar qualquer tipo de identificação. Os jovens recebem apoio e informação de profissional para que possam escolher o método contraceptivo mais adequado.
Outro destaque importante é a oferta de testes rápidos de gravidez na Atenção Básica, iniciativa prevista na Rede Cegonha. Muitas adolescentes procuram as UBS para realizar o exame e tirar dúvida se estão ou não grávidas. Essas e outras orientações são repassadas nessas Unidades.