A chuva que atingiu Teresina durante a noite de sexta-feira (30) causou prejuízos a mais de cinquenta famílias que moram na Zona Leste da capital. Os dados são de um levantamento inicial da Defesa Civil do Estado, que esteve nos locais afetados para calcular os danos. Casas, móveis e veículos de dezenas de moradores foram estragados pelos alagamentos.
Os bairros Recanto das Palmeiras e Pedra Mole foram vistoriadas na manhã deste domingo (1) pelas equipes da Defesa Civil. De acordo com o diretor do órgão, Vitorino Tavares, entre 50 a 60 familias foram atingidas no Recanto das Palmeiras. “Quarteirões inteiros foram afetados”, comentou Vitorino. “Estamos terminando de compilar dados e informações sobre as pessoas afetadas, desalojadas, para quantificar os prejuízos”, disse.
O coordenador da equipe de vistoria da Defesa Civil, Flávio Siqueira, explicou que o acúmulo de água das últimas chuvas causou o rompimento da BR-343, no bairro Recanto das Palmeiras. “Havia um grande acúmulo de água por conta do lixo, bueiros entupidos, e a estrada veio a romper, causando aquele estrago”, disse. Um bueiro passava debaixo do trecho da BR que rompeu na sexta-feira.
Dois carros e parte de um caminhão bitrem caíram no buraco ocasionado pelo desmoronamento da rodovia. O casal e bebê que estava em um dos automóveis e um ocupante do outro veículo ficaram feridos. O local encontra-se interditado e todo o tráfego de veículos está sendo desviado pelas avenidas dos Expedicionários e Joaquim Nelson.
No bairro Pedra Mole a água invadiu a avenida Dr. Josué Moura Santos e atingiu diversas casas da região. Um vídeo produzido por moradores da região mostra a avenida completamente tomada pela água, enquanto as pessoas se arriscam para atravessar o córrego.
De acordo com Flávio Siqueira, entre cinco ou seis famílias foram vítima de alagamentos na região do bairro Pedra Mole. Um local onde funcionava uma granja e um abatedouro de aves ficou completamente inundado. “Houve a situação de uma de uma pessoa que perdeu o carro, os móveis, a casa ficou praticamente debaixo d’água”, relatou Flávio.
Os dados coletados hoje serão inseridos no sistema de emergência da Defesa Civil, que continua fazendo levantamentos sobre os prejuízos. “Amanhã estaremos retornando aos locais atingidos para fazer novos levantamentos e começar a buscar as soluções para fazer o escoamento da água”, explicou o coordenador Flávio Siqueira.