A crise financeira é assunto em todos os lugares e atinge principalmente os pequenos empresários. A Junta Comercial do Piauí (Jucepi) já registrou o fechamento de 300 pequenas empresas somente neste ano. Quem ainda insiste em manter o próprio negócio enfrenta sufoco.
Nos quatro primeiros meses desse ano, 6.181 empresas foram abertas no estado, segundo dados da Jucepi. Na contramão do progresso os dados revelam que outras 362 tiveram que fechar por conta das dificuldades. Pelo menos 80% correspondem a microempreendedores individuais, seguimento que mais tem apresentado problema em dar continuidade nos negócios.
“No passado, para que você conseguisse dar baixa em uma empresa era muito difícil e hoje não. O governo federal facilitou essa baixa empresarial”, fala Alzenir Porto, presidente da Junta Comercial.
Maria de Jesus, microempreendora, não está nada satisfeita com os lucros da lanchonete que mantém em uma faculdade particular. Os últimos sete anos têm sido de muito trabalho e poucos investimentos.
“Não tem muita vantagem. Temos que pagar impostos, contador, então no meu caso eu acho que só acrescenta custos”, disse.
Em tempos de crise na economia e política brasileira, muita gente tem evitado gastar com supérfluos, o que tem deixado os prestadores de serviço com o caixa no vermelho. O Serviço de Apoio ao Micro e Pequeno Empreendedor (Sebrae), ajuda os microempreendedores a alcançar a luz no fim do túnel.
O consultor Carlos Jorge Gomes diz que planejamento e capacitação podem ser o melhor caminho para o sucesso. “É preciso diferenciar de alguma forma: no atendimento, na qualidade do produto que nem sempre está aliado ao custo de fabricação ou de venda. É o caminho para que se possa ganhar a diferenciação no mercado”, destacou.