Pelo menos 13 assaltos já foram registrados contra taxistas em Teresina nesta primeira quinzena de dezembro. A informação foi revelada nesta terça-feira (15) durante audiência pública na Câmara dos Vereadores de Teresina. A categoria voltou a cobrar medidas para garantir a segurança dos motoristas e sugeriu que a polícia aborde os táxis nos bairros considerados mais perigosos.
Uma dessas ocorrências foi contra o taxista Clelde Alves Cardoso. Ele relatou ao G1 que pegou quatro rapazes no bairro Dirceu Arcoverde, Zona Sudeste e ao chegar ao bairro Areias eles o abordaram. “Dois deles portavam arma de fogo. Levaram R$ 320, o toca CD, relógio contador e ainda rasgaram minha habilitação e carteira de identidade. Registrei o BO, mas acho que vai ficar por isso mesmo”, disse.
Segundo Pedro Ferreira, presidente do Sindicato das Cooperativas de Táxi de Teresina, a categoria quer um setor de investigações e cobram investigação rigorosa na morte dos colegas de profissão.
“Esse mês um colega acionou a cooperativa e vários taxistas abordaram o carro, pois nele tinha dois elementos armados com faca. "Nos estamos fazendo papel de polícia e não é atribuição nossa. Se a polícia não quiser fazer blitz, pois faça a abordagem. Os taxistas vão compreender", falou.
Em documento enviado ao poder público estadual e municipal, a categoria decidiu não circular em pelo menos 16 bairros durante a noite e confessa que após a morte registrada contra o taxista Pedro de Jesus Lima no dia 27 de novembro, todos têm trabalhado sob um clima forte de apreensão.
A audiência pública contou com a participação da Polícia Militar e Delegacia Geral de Polícia Civil. Mototaxistas também foram à Câmara cobrar por mais segurança. Conforme o coronel Marcos David, a PM está tentando otimizar o efetivo e o departamento de inteligência no sentido de desarmar os criminosos.
"A polícia militar não tem condições de antever que um passageiro que vai pegar um táxi é um assassino. Ninguém tem escrito na testa que é assassino. Realmente estamos um pouco aquém no nosso efetivo. Mas na questão de determinados crimes não temos como prever que ele vai acontecer", destacou.
O delegado geral Riedel Batista também participou da reunião e falou que a Secretaria de Segurança já está com várias ações. "Nós temos várias ações em andamento para dar mais segurança a essa categoria que é tão importante. Temos ações de tecnologia, de monitoramento e montagem de barreiras e abordagens envolvendo tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil”, disse.