Um estudo de uma professora da Universidade Federal do Piauí (UFPI) mostrou que mais de 20% das crianças com idade entre 6 e 7 anos em Teresina sofrem de asma, doença pulmonar crônica e inflamatória. Destes, 6,3% são acometidos pela asma grave, que provoca tosse e falta de ar, levando a morte em muitas situações. Os casos não diagnosticados ultrapassam os 13%.
"As crianças não estão sendo devidamente acompanhadas e tratadas. A única opção que resta aos pais é recorrer aos serviços médicos de urgência. Cerca de 20% das crianças têm atendimento nas urgências pediátricas por asma. É, muitas vezes, um tratamento que poderia ser feito em casa se houvesse uma orientação adequada", afirmou a professora Rosana dos Santos Costa, docente do departamento de Enfermagem da UFPI e pesquisadora da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.
A pesquisa, que resultou na tese intitulada "Asma na infância: prevalência, conhecimento e percepção dos pais sobre a doença", apontou a prevalência de asma identificada junto a uma amostragem de 683 crianças. A coleta de dados aconteceu por meio de entrevistas individuais nos domicílios dos participantes entre os anos de 2011 e 2013, com a aplicação do método de pesquisa reconhecido internacionalmente: International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC).
Segundo Rosana Costa, os resultados da pesquisa servirão como base para o desenvolvimento de um projeto de extensão destinado a minimizar o problema na capital, por meio de uma parceria entre a UFPI e a Secretaria Municipal de Saúde. A proposta do projeto é fazer um acompanhamento das crianças nas comunidades, por meio de um trabalho educativo realizado em conjunto com as equipes do Programa Saúde da Família (PSF).