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Máfia vendia ingresso da Copa vindo da CBF em agência de Copacabana, diz MP

Publicada em 12 de Julho de 2014 �s 08h34


Imagem: Políciia Civilgressos da Copa do Mundo e dinheiro apreendidos pela Polícia Civil com membros da máfia  Bilhetes da Copa do Mundo de 2014 reservados pela Fifa à CBF acabaram sendo vendidos em agências de turismo de Copacabana por membros da máfia dos ingressos do Mundial. Isso pelo menos é que o informa a denúncia do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), a qual detalha o funcionamento da quadrilha internacional que comercializava ilegalmente tíquetes do torneio. saiba mais Segurança no último jogo da Copa em Brasília terá 3,5 mil homens Brasil disputa 3º lugar contra Holanda por saída honrosa da Copa em casa Felipão volta a elogiar trabalho da seleção e deixa futuro em aberto Argentinos enfrentam fila na fronteira e até 36h de estrada para chegar ao Rio Van Gaal busca motivar a Holanda: Quero sair da Copa sem perder Leia mais sobre Copa 2014 A denúncia foi apresentada à Justiça na quarta-feira. Com base nela, foram acusados 12 suspeitos de integrar a máfia dos ingressos. Onze tiveram sua prisão preventiva decretada pelo Juizado do Torcedor também na quarta. Alexandre Marino Vieira, Antonio Henrique de Paula Jorge e Marcelo Pavão da Costa estão entre os acusados de fazer parte da quadrilha. De acordo com o MP, todos negociavam bilhetes ilegalmente, assim com a maioria dos membros da máfia do ingresso. Acontece que, no caso dos três, grande parte das entradas negociadas era oriunda da CBF. "Grande parte dos lotes [de bilhetes] adquiridos [e depois vendidos] por eles destinava-se às seleções participantes da competição, bem como ingressos de cortesia, especialmente da CBF", descreve o promotor Marcos Kac, no documento enviado pelo MP à Justiça. Kac prossegue e diz que Alexandre, Antonio e Marcelo tinham ligações com duas agências de turismo em Copacabana: a Tour da Bola e a Jato Tour. Era lá que os três vendiam os ingressos da Copa, inclusive os que deveriam ser usados exclusivamente por representantes da CBF ou convidados de membros da seleção brasileira de futebol. As agências Tour da Bola e Jato Tour foram fechadas pela Polícia Civil do Rio durante a operação Jules Rimet, deflagrada no início da semana passada. A operação foi resultado de mais um mês de investigação. Prendeu os 12 suspeitos acusados pelo Ministério Público e chegou a apreender ingressos da Copa reservados à membros da comissão técnica da seleção. No dia em que os ingressos foram apreendidos, a CBF informou que iria investigar internamente como os bilhetes tinham ido parar com membros da máfia do ingresso. Depois, a entidade descartou apurar o assunto. Quadrilha organizada De acordo com o MP-RJ, máfia dos ingressos tinha estrutura definida e era organizada. Vendia ilegalmente ingressos da Copa do Mundo de 2014 oriundos de diferentes fontes. Comercializava, inclusive, bilhetes reservados pela Fifa a um fundo governamental de tíquetes, os quais depois foram repassadas a escolas e ONGs (organizações não governamentais). Para o MP, o chefe da quadrilha é o inglês Raymond Whelan, diretor executivo da Match Services, empresa parceira da Fifa na organização da Copa do Mundo. Whelan também teve sua prisão decretada e é considerado foragido. Segundo a polícia, o inglês fugiu do hotel em que estava hospedado pela porta dos fundos para não ser preso. Abaixo de Whelan, estava o empresário argelino Mohamadoud Lamine Fofana, acusado de ser o "braço direito" do inglês. Fofana está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó deste a deflagração da operação Jules Rimet. Era Fofana quem matinha contato com Alexandre, Antonio e Marcelo, que negociavam os ingressos dados à CBF em Copacabana. Acusados presos e Whelan negam que cometeram qualquer crime. A Match, aliás, divulgou um comunicado na quarta-feira criticando o trabalho da Polícia Civil do Rio de Janeiro e declarando que seu diretor executivo é inocente, não foragido.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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