Francisca Maria de Carvalho, mãe da criança de 5 anos que morreu na última quarta-feira (5), respira sem ajuda de aparelhos desde a tarde dessa terça-feira (11). Ela segue internada no Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, e seu estado de saúde já não é considerado grave. A Polícia Civil do Piauí está apurando se ambas foram envenenadas.
A informação foi confirmada ao g1 pela irmã de Francisca e tia da criança, Elzinete Carvalho dos Santos. Segundo ela, Francisca Maria foi desentubada por volta do meio-dia da terça-feira (11). A mulher chegou a ficar em coma e apresentou quadro de pneumonia.
"Ela não está mais entubada, está acordada, mexendo as pernas, os braços. Não está usando mais oxigênio, os batimentos estão bons, a pressão arterial também. Está apenas com uma bactéria no pulmão, que já está sendo tratada. Ela tenta falar, porém só consegue mexer a boca, o som da voz não sai totalmente ainda", relatou a irmã.
A irmã contou também que Francisca ainda não sabe da morte da filha. A mãe deve ser ouvida em breve pela Polícia Civil e a esperança é que o depoimento possa ajudar na conclusão do caso.
“Será uma equipe de psicologia e assistência social que irá informar [sobre a morte de Agnes], provavelmente quando ela estiver na enfermaria. Ela está vencendo todos os desafios. Infelizmente ainda não sabemos quem poderia ter feito isso, mas a justiça será feita", afirmou.
Criança morta
Agnes Carvalho de Moura, de 5 anos, morreu na manhã da última quarta-feira (5), com suspeita de envenenamento. O laudo cadavérico confirmará a causa do óbito.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), mãe e filha deram entrada no Hospital Regional Tibério Nunes na segunda-feira (3). Devido à suspeita de envenenamento, profissionais da unidade acionaram a Polícia Militar e Civil.
"De imediato, a Perícia Criminal foi acionada a se deslocar a casa da residência da vítima, local em que foi coletado um líquido que será submetido à perícia. As investigações estão em andamento. Foi ouvida uma pessoa que estava no hospital logo quando a mãe e criança deram entrada, tendo esta relatado que a genitora da criança informou que ambas consumiram um peixe como jantar. Logo depois a criança havia ido ao banheiro e, quando a mãe a encontrou, estava no chão caída e com um líquido escorrendo pelo nariz", informou a delegada Anna Lívia, da Delegacia Especializada da Mulher (Deam) de Floriano.