Imagem: Clique para ampliar Os líderes mundiais comemoravam nesta sexta-feira nas praias da Normandia os 70 anos do Desembarque do Dia D da II Guerra Mundial, com o confronto entre a Rússia e o Ocidente, na esteira da crise na Ucrânia, como pano de fundo. O presidente francês, François Hollande, começou a cerimônia homenageando os 20 mil civis que morreram na batalha. Este é o primeiro reconhecimento oficial de mortes de civis entre 6 de junho e 22 de agosto de 1944.
- Desejo que a homenagem da nação se dirija a todos civis e militares, que o papel dos normandos seja reconhecido - disse Hollande, lembrando que famílias inteiras viveram o caos e estilhaços.
Em um discurso no cemitério americano de Colleville, em memória dos combatentes mortos no Desembarque, o presidente acrescentou que a França nunca esquecerá o que deve aos Estados Unidos.
- Celebramos hoje uma data memorável de nossa história, na qual nossos dois povos se uniram em um mesmo combate, o da liberdade - disse Hollande, na presença de seu homólogo americano Barack Obama.
Obama, por sua vez, afirmou que as praias da Normandia foram em 1944 fundamentais para a democracia e que a vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial "modelou a segurança e o bem-estar" para o futuro.
- Omaha Beach, Normandia, foi a cabeça de ponte da democracia - destacou.
Cerca de 1.800 veteranos que estavam em Omaha e Utah Beach (como foram rebatizadas as praias francesas), os chefes de Estado ou de Governo de dezenas de países, incluindo Barack Obama, Vladimir Putin, David Cameron e Angela Merkel participam das comemorações.
A cerimônia tem um aspecto marcadamente diplomático com líderes ocidentais se reunindo pela primeira vez em mais de dois meses com o presidente russo, Vladimir Putin, isolado no cenário internacional desde a anexação da Crimeia pela Rússia.
Após o início das cerimônias, o presidente francês e Barack Obama foram ao cemitério americano em Colleville-sur-Mer, onde há cerca de 10 mil sepulturas.