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Lições do inverno passado: err

Lições do inverno passado: erros de 2018 servem de aprendizado ao Flamengo pós-Copa América.

Publicada em 18 de Junho de 2019 �s 09h46


Em um calendário tão apertado quanto o do futebol brasileiro, a intertemporada de um mês, geralmente, é bem-vinda. Tempo para descansar, recuperar jogadores e fazer ajustes necessários no elenco e no time para o semestre decisivo da temporada. Mas nem sempre tudo corre como planejado. No Flamengo, por exemplo, ficam as lições de 2018.

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No ano passado o Flamengo foi para a intertemporada, em virtude da Copa do Mundo, em situação até mais confortável do que a atual. Assim como hoje, o time estava classificado para as oitavas da Libertadores e para as quartas da Copa do Brasil.

No Brasileirão, nadava de braçada. Liderava com quatro pontos de vantagem para o Atlético-MG (segundo colocado) e oito para o Palmeiras, que veio a ser campeão. Após a pausa de um mês para o Mundial da Rússia, no entanto, tudo desandou.

O Flamengo caiu para o Cruzeiro na Libertadores. Na Copa do Brasil, passou pelo Grêmio, mas foi eliminado pelo Corinthians na semifinal. No Brasileiro, ladeira abaixo. O time perdeu a liderança, chegou a passar algumas rodadas fora do G-4, recuperou-se no fim do ano sob o comando de Dorival Júnior, mas não foi o suficiente para alcançar o Palmeiras.

Janela causou danos
Como foi em 2018?

A janela de inverno no ano passado causou danos. O principal foi a saída de Vinicius Junior. O Real Madrid exigiu o atacante, e o Flamengo ficou de mãos atadas e sem um de seus protagonistas na temporada. Como já havia perdido Everton para o São Paulo poucos meses antes, o Rubro-Negro teve apenas Marlos Moreno pela esquerda do ataque durante certo período da temporada.

Jonas foi outro a ir embora, negociado com o Al-Ittihad. Com contrato até o início de agosto, Guerrero ainda fez mais quatro jogos após a Copa e foi para o Inter.

Qual é o atual cenário?

O Flamengo hoje está mais preparado para enfrentar a janela. Com contratos longos e multas robustas, o clube não tem a intenção de negociar jogadores importantes, a não ser por propostas realmente vantajosas.

Xodó da torcida, Cuéllar manifestou interesse em jogar na Europa. Com multa de € 70 milhões e contrato até 2022, a diretoria vai conversar com o colombiano após a Copa América, mas está em situação confortável. Até porque, até o momento, nesta janela, nenhuma oferta oficial chegou pelo volante. Hoje a ideia é se reforçar e não vender titulares.

Reposição e reforços
Como foi em 2018?

No ano passado, o Flamengo repôs as perdas. O problema foi a lentidão, além de tiros pouco certeiros. Durante a parada, o clube contratou Uribe para a posição de Guerrero, mas o colombiano demorou a se adaptar, não encantou e foi negociado com o Santos no mês passado.

Contratação mais badalada, Vitinho estreou somente em agosto e também teve problema de adaptação. A demora para repor a saída de Vinicius Junior talvez tenha sido o maior erro de planejamento, uma vez que o clube sabia há meses que ficaria sem o atacante e sem Everton após a Copa do Mundo. Piris da Motta também chegou em agosto para a vaga deixada por Jonas.

Qual é o atual cenário?

Por ora, o Flamengo não busca peças de reposição, mas quer se reforçar e planeja ser agressivo no mercado. Rafinha foi contrato para ser o dono da lateral-direita, posição que sofre críticas há anos no clube. Ele se apresenta na próxima segunda (24).

Há proposta na mesa por Filipe Luís, mas a resposta só deve chegar após a Copa América. O clube tem a contratação de um zagueiro como prioridade – já abriu negociações com Jemerson e Zapata -, e consultou a situação de Wallace, da Lazio. O Flamengo também avalia a contratação de um segundo volante e busca mais um atacante, a pedido de Jorge Jesus.

Maratona e elenco curto
Como foi em 2018?

Foram 13 jogos por três competições em 42 dias. Após a Copa da Rússia, o Flamengo estufou o peito, encarou de frente Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil com os titulares e... se deu mal. Embora não haja dados que comprovem, o time parecia desgastado, sem intensidade e sem foco em jogos importantes. Acabou ficando sem títulos.

Qual é o atual cenário?

Não existe uma fórmula certa. Quando assumiu o Flamengo, em janeiro, Abel Braga citou o exemplo do Palmeiras e avisou que usaria dois times ao longo do ano. Teve respaldo da diretoria, mas a opção de poupar os titulares contra o Fortaleza, após uma semana sem jogos, incomodou.

Na Europa, Jorge Jesus ficou conhecido por trabalhar com um grupo de poucos jogadores, mas o novo treinador do Flamengo não deu pistas sobre o planejamento para o calendário brasileiro. De todo jeito, hoje o Rubro-Negro parece ter um elenco mais encorpado para a maratona e busca novas contratações para se fortalecer. O ideal seria que todos os reforços estivessem à disposição até o fim da Copa América, mas o clube não dá prazo para a chegada de novos jogadores.

Tags: Lições do inverno - Em um calendário

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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