O motorista de caminhão argentino José Bachi, 55, recebeu, na tarde desta terça (15), do consulado do país no Rio, R$ 30 para alimentação e uma passagem de ônibus para Foz do Iguaçu, no Paraná.
De lá, precisará atravessar a fronteira e seguir por 1.200 km até Buenos Aires. Também de ônibus. saiba mais Organização da Copa é bem avaliada por 83% dos estrangeiros PM abre investigação para apurar violência de policiais em protesto no Rio Campeões do mundo são aclamados no desembarque em Berlim Valcke isenta Fifa de culpa no escândalo dos ingressos Copa foi conquista para governo e vitória do País, diz Dilma Leia mais sobre Copa 2014
Como ele, centenas de torcedores da Argentina, Chile, Bolívia e Colômbia que vieram para a Copa enfrentam dificuldade para voltar para casa após serem vítimas de roubo, furto ou perder dinheiro e documentos nas ruas.
Entre domingo (13) e segunda (14), o consulado argentino emitiu 175 passaportes provisórios. O número pode aumentar. A Polícia Civil informou às autoridades argentinas na cidade que, desde o início da Copa até sábado (12), 270 argentinos foram vítimas de roubos no Rio.
No caso de Bachi, ele e o filho foram roubados no Sambódromo, local destinado para os argentinos na região central, por outros conterrâneos com quem haviam combinado voltar para casa, de carona, em um motorhome.
"Eles saíram de madrugada, enquanto dormíamos, levando nosso dinheiro e celulares", disse José Bachi, após ser atendido no consulado.
Não há uma estatística oficial sobre o problema. Mas o tamanho pode ser resumido com a procura no Consulado da Argentina no Rio.
Na tarde desta terça-feira, a fila diante do prédio do consulado, na praia de Botafogo (na zona sul do Rio), levou a uma operação para o atendimento aos "hermanos".
A busca não se limita aos consulados. Os CREAS (Centros de Referência Especializada de Assistência Social) da prefeitura, que atendem a população de rua, também têm sido procurados.