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Justiça pede investigação sobr

Justiça pede investigação sobre fichas da Rede, novo partido de Marina.

Publicada em 21 de Agosto de 2013 �s 11h38


 A Justiça Eleitoral identificou indícios de fraude e irregularidades na coleta de assinaturas em São Paulo para a criação da Rede Sustentabilidade, partido da ex-senadora Marina Silva. O Ministério Público Eleitoral e a polícia foram acionados em quatro municípios do Estado.

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Os procedimentos foram solicitados em casos em que as assinaturas apresentadas nas fichas de apoiamento não correspondem ao registro dos eleitores nos cartórios.

Em nota, o partido afirmou que tomou "todo o cuidado" no processo de coleta e que os problemas podem ter sido provocados pela falta de parâmetros dos cartórios na certificação dos apoios.

A ex-senadora tem criticado publicamente a demora e o critério adotado pelos cartórios para a certificação das assinaturas de apoio.

Em Ourinhos, no oeste paulista, ao menos dois eleitores que aparecem na lista de apoiadores da legenda foram procurados pelos cartórios eleitorais da cidade e declararam não ter assinado nenhuma ficha do partido.

O processo foi enviado pelo juiz Cristiano Canezin Barbosa ao Ministério Público "para apuração de eventual ilícito eleitoral".

Segundo o promotor responsável, Marcos da Silva Brandini, foi instaurado inquérito policial para definir se as assinaturas são verdadeiras. "Terá de ser feito o exame grafotécnico para confirmar se as assinaturas são ou não dos eleitores", disse.

Na cidade, segundo o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, a Rede apresentou 192 assinaturas, das quais 112 foram certificadas.

Em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, o juiz eleitoral foi informado por um cartório da "existência de indícios de fraude" na ficha de um eleitor. O caso foi enviado ao Ministério Público Eleitoral e à delegacia de polícia.

Os outros dois casos aconteceram em São Bernardo do Campo e em São José do Rio Preto. Nessas cidades, os juízes remeteram os processos de certificação à Polícia Federal para apuração. Os despachos determinando a investigação não especificam o motivo do envio.

OUTRO LADO

Em nota enviada ontem à Folha, a Rede Sustentabilidade afirmou que tomou "todo o cuidado" no processo de coleta de assinaturas, mas ressaltou que ele "ocorreu de forma difusa e colaborativa, envolvendo mais de 10 mil pessoas que baixaram as fichas pela internet e imprimiram nas suas casas".

Apesar das verificações, diz o partido, "é possível que existam eventuais diferenças nas assinaturas". Segundo a Rede, "esses problemas podem se referir a casos corriqueiros", em que as assinaturas "não conferem com os documentos que os cartórios eleitorais tem a disposição para verificação (folhas de votação, requerimento de alistamento eleitoral ou canhoto do título de eleitor)".

Nessas situações, segue o texto, "os cartórios podem proceder, de acordo com a legislação, notificando os órgãos correspondentes".

A Folha conversou também com o vereador de Ourinhos Lucas Pocay, hoje filiado ao PTB, que é um dos articuladores da Rede no município. Ele disse que pode ter havido confusão de coletadores ou que, por pressão política, eleitores podem ter ficado constrangidos em admitir que assinaram a ficha de apoio à criação da Rede.
Tags: Justiça pede - A Justiça Eleitoral

Fonte: uol �|� Publicado por: Da Redação
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