A justiça negou na tarde desta sexta-feira (16) o pedido de relaxamento de prisão em flagrante e de prisão domicilar para o motorista suspeito de provocar a colisão na BR-343, que matou a técnica em enfermagem Milena Amanda Nery da Silva. O rapaz foi transferido do Hospital Getúlio Vargas (HGV) para o Hospital Penitenciário da Major César ainda na quinta-feira (15).
A prisão preventiva de André Luis Borges foi decretada pelo juiz Thiago Aleluia Ferreira de Oliveira ainda na semana passada. Na colisão, outras três pessoas ficaram feridas. A Polícia Rodoviária Federal constatou que o condutor estava sob efeito de álcool.
Leônicio Coelho, advogado do motorista, disse que aguarda algumas provas serem reunidas aos autos do processo e qestionou o inquérito polical. Para o advogado, ainda há brechas na investigação.
“Eu estive no lugar do acidente. Ele ia fazer uma conversão à esquerda para ir ao Planalto Uruguai e por isso ele atravessou a pista. Ele estava praticamente estacionado”, disse o advogado sobre a manobra que seu cliente ia fazer na BR-343, no momento da colisão com o carro em que estava a técnica de enfermagem, Milena Nery e o noivo, Francieldo Pereira da Silva.
Relatos do noivo da técnica de enfermagem que morreu na colisão e que conduzia o outro veículo, dão conta de que suspeito fazia zigue zague pela pista. A mesma versão foi contata por duas mulheres que estavam no carro com o ele e também ficaram feridas. O delegado que fez a prisão em flagrante relatou que o motorista estava embriagado.
Segundo o advogado, o motorista apresentava dificuldades na fala após a colisão por ter batido a cabeça e não por estar supostamente embriagado. “O meu cliente bateu a cabeça e quando se bate a cabeça a pessoa pode não conseguir falar ou apresentar dificuldade de raciocínio. Agora, qual a velocidade do outro carro? Porque não foi feito o teste do bafômetro no outro motorista? É preciso ir devagar”, falou Leôncio Coelho acrescentando que pediu testes e imagens do local da colisão para questionar a investigação.
Inquérito pede indiciamento do motorista
Na quarta-feira (14) a delegada de trânsito, Cassandra Moraes Sousa, apresentou parecer pelo indiciamento de André Luis Borges Martins por homicídio doloso e lesão corporal grave na colisão que matou Milena Nery e deixou o noivo da técnica de enfermagem, Francieldo Pereira da Silva e outras duas pessoas feridas.
No dia 4 de dezembro, a técnica de enfermagem Milena Amanda Nery da Silva, 24 anos, morreu após o veículo em que estava com o noivo ser atingido pelo veículo em que estavam André Luiz Borges Martins e mais duas pessoas na BR-343, em Teresina.
"Informações dos patrulheiros, com base no relato das vítimas, ele vinha fazendo zigue-zague na pista e se chocou com esse outro veículo. Os patrulheiros também informaram que ele estava embriagado", falou o delegado Antonio Marques Filho, que fez prisão em flagrante do motorista no dia da colisão.