A Justiça do Piauí negou o pedido de liberdade para cinco, dos oito, acusados de terem participado do assassinato do policial militar do Bope Claudemir de Paula Sousa, morto no dia 6 de dezembro de 2016 quando saia de uma academia de ginástica. O juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto argumentou que todos os suspeitos respondem a processos criminais e que poderiam voltar a cometer crimes, caso fossem soltos.
“Resta demonstrado que os acusados ao serem colocados em liberdade, incidiriam na chance de, a qualquer momento, perturbar a paz social, colocando em risco a ordem pública", escreveu o magistrado em trecho da decisão que foi publicada no sistema processual nessa segunda-feira (15).
Foi negada liberdade para Flavio Willame da Silva, um dos atirados; Francisco Luan de Sena, Thaís Monait Neris de Oliveira, ambos apontados como olheiros dos atiradores; José Roberto Leal e Igor Andrade Sousa, que ajudaram a negociar a contratação de todo o esquema que levou a morte do policial. Além destes, seguem presos Leonardo Ferreira Lima e Maria Ocionira Barbosa de Sousa, que mantinham um relacionamento amoroso e encomendaram a morte da vítima, e Weslley Marlon Silva, o outro atirador.
O G1 tentou contato com os advogados dos cinco suspeitos, mas ninguém foi encontrado para comentar a decisão.
O Ministério Público denunciou todos os oito envolvidos por homicídio duplamente qualificado (mediante pagamento e sem chance de defesa para a vítima) e também pelo crime de associação criminosa.
Em geral, os cinco acusados pediram relaxamento de prisão alegando excesso de prazo, que possui residência fixa, necessidade de cuidar de filhos crianças e substituição de prisão por medidas cautelares. O MP deu parecer pelo indeferimento de todos os pedidos e a Justiça seguiu.
O juiz também determinou a realização da audiência de instrução e julgamento dos acusados para os dias 12, 13 e 14 de junho, oportunidade em que serão ouvidas testemunhas e acusados. A audiência decide se os suspeitos irão ser julgados pleo Tribunal do Juri ou não.