A justiça concedeu liberdade nesta quarta-feira (21) ao delegado Cleiton Doce, preso há um mês e dois dias, acusado de peculato, falsificação de documentos e corrupção ativa. Os crimes teriam sido praticados quando ele era delegado regional de Piripiri. O delegado está preso no 13º Distrito Policial, em Teresina, e deve ser solto a qualquer momento.
Cleiton Doce está afastado do serviço público por licença médica, que se encerra em junho. Após isso, caso a licença não seja renovada ele deverá voltar ao trabalho. O suspeito não pode se ausentar da capital até o seu julgamento.
No pedido de liberdade, o advogado de defesa alegou ausência de provas fundamentadas e o fato do acusado ser primário, ter bons antecedentes, residência fixa e trabalho definido. Além disso, a defesa também pediu a substituição da prisão preventiva pela domiciliar.
Delegado responde a outros inquéritos
Segundo a delegada Fernanda Paiva, corregedora da Polícia Civil, além do processo por peculato existem outros cinco inquéritos policiais em andamento para apurar outros crimes; e três processos administrativos disciplinares. A nota da PC fala também em ações por improbidade administrativa.
“Ele foi preso por conta de um inquérito policial que apura a prevaricação cometida por ele, onde ele teria fraudado notas ficais e recibos de verbas de iriam para administrar a delegacia de Piripiri, a qual ele respondia”, disse a delegada Fernanda Paiva, corregedora da Polícia Civil.
Fernanda afirmou que os inquéritos e processos administrativos existem há mais de seis meses e que o suspeito foi transferido de Piripiri para Teresina exatamente por conta dos indícios desses crimes. “A secretaria (de segurança) o trouxe para a Central de Flagrantes por conta de todas essas investigações. Foi nesse momento que ele começou a apresentar uma série de atestados médicos, que o mantiveram longe do trabalho e também de ser ouvido nos inquéritos. Ele alega que tem problemas mentais”, contou Fernanda.