Imagem: .Clique para ampliarUm telefonema de um banco onde é correntista avisou Eike Batista ontem de uma decisão da 3ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio de Janeiro de sequestro de bens do empresário no valor de até R$ 122 milhões, informaram fontes próximas a processos judiciais ligados ao grupo EBX. O banco bloqueou o valor disponível, de R$ 4 milhões. A decisão judicial foi noticiada ontem pela coluna “Radar on-line”, de Lauro Jardim, de “Veja”. Segundo a nota, a decisão teria sido tomada a pedido do Ministério Público Federal do Rio.
Em nota, a assessoria do grupo EBX confirmou, ontem, que “ele, até o momento, só teve notícia informal de uma decisão da 3ª Vara Federal, não havendo recebido qualquer comunicado judicial a esse respeito. Depois de tomar conhecimento do processo em que foi proferida a decisão, Eike Batista tomará as providências cabíveis”. Procurada pelo Globo, a Justiça Federal não se pronunciou sobre a decisão, argumentando que o processo corre em sigilo. O Ministério Público Federal também não comentou a decisão. saiba mais Eike é reeleito presidente do conselho da OGPar (ex-OGX) PF quer apurar responsabilidades da Bovespa no caso OGX Depois da CVM e MPF, agora PF investiga Eike Batista Polícia Federal vai investigar Eike Batista Eike Batista recupera posto de homem mais rico do Brasil Leia mais sobre Eike Batista
O criminalista Ary Bergher, segundo a nota de “Veja”, afirmou que vai recorrer. O advogado foi o responsável pela defesa de Thor Batista, filho mais velho de Eike, pelo atropelamento e morte do ciclista Wanderson dos Santos, em março de 2012.
O patrimônio de Eike Batista evaporou em dois anos. Em 2012, ele figurava como o maior bilionário do país, com patrimônio avaliado em R$ 30,26 bilhões, segundo ranking da “Forbes Brasil". Com o agravamento da crise, ele deixou de fazer parte das listas de maiores bilionários do planeta.
Assembleia no dia 2 de junho
No último dia 4, reportagem da “Folha de S. Paulo” informou que o empresário doou suas casas do Rio e de Angra dos Reis aos filhos Thor e Olin, do casamento com Luma de Oliveira, em 2013. Juntas, teriam sido declaradas pelo valor de R$ 18,7 milhões, enquanto são avaliadas no mercado em mais de R$ 50 milhões.
Mês passado, a Polícia Federal instaurou inquérito para investigar o empresário por crimes financeiros, a pedido do Ministério Público Federal do Rio. Apesar disso, Batista foi reconduzido ao cargo de presidente do conselho de administração da Óleo e Gás Parcitipações (OGPar), ex-OGX, no início deste mês. Em processo de recuperação judicial, a petroleira encerrou 2013 com resultado negativo de R$ 17,5 bilhões.
O edital de convocação para a assembleia de credores da petroleira deve ser publicado hoje. A reunião deve ocorrer no próximo dia 2 de junho, quando os credores devem votar o plano de recuperação da empresa.