A Justiça do Piauí conseguiu realizar nessa quarta (10) a primeira audiência por videoconferência de réus presos. Um grupo de doze detentos foi ouvido na Casa do Albergado, em Teresina, pelo juiz Rodrigo Tolentino, que estava a cerca de 500 km de distância, na cidade de Uruçuí. A estimativa é de que a medida gere uma economia de cerca de R$ 100 mil por mês.
O procedimento foi realizado pela Corregedoria Geral de Justiça e a Secretaria Estadual de Justiça. A audiência foi aberta com a participação do Corregedor Geral da Justiça, desembargador Hilo de Almeida Sousa, do juiz auxiliar da Corregedoria Luiz Moura, do secretário de Justiça do Estado, Carlos Edison e da defensora pública Viviane Setúbal, em Teresina.
O Corregedor Hilo de Almeida destacou que essa é mais uma medida para modernizar o sistema judiciário. Ele citou o uso do WhatsApp, desde a semana passada, para o envio de intimações judiciais do TJ-PI.
“A tecnologia precisa servir às pessoas e o Poder Judiciário vem acreditando nisso. Com o uso da videoconferência, além de economia, garantimos a segurança da população, dos responsáveis pelo deslocamento e dos próprios presos. Sem dúvida vivemos um novo momento”, disse o corregedor Hilo de Almeida Sousa.
O secretário de Justiça falou da parceria com a Corregedoria Geral de Justiça, responsável por equipar as salas de videoconferência no complexo prisional de Teresina, que integra também as penitenciárias Irmão Guido e José de Ribamar Leite, a antiga Casa de Custódia.
“É muito mais fácil, econômico e seguro essas audiências nos próprios presídios. Já tivemos casos de agentes policiais que foram mortos nesses transportes de criminosos. Sem essa parceria com o Poder Judiciário, as videoconferências seriam impossíveis. O que estamos vendo hoje é um marco para o sistema prisional do Piauí”, destacou Carlos Edison.
Segundo a Corregedoria, depois de Teresina, as salas de audiência por videoconferência devem chegar ao interior do Estado.