O juiz Luiz de Moura Correia, responsável pela Central de Inquéritos de Teresina, decidiu pela quebra do sigilo de dados e imagens dos celulares apreendidos com o tenente do Exército, José Ricardo da Silva Neto, suspeito de feminicídio contra a estudante Iarla Lima Barbosa. Silva Neto também é suspeito de tentar matar a irmã de Iarla, Ilana Lima Barbosa e a tia da vítima, Josiane Mesquita da Silva.
A decisão judicial visa analisar todas as ligações, imagens, vídeos e mensagens em redes sociais para subsidiar as investigações da Polícia Civil. Os dois aparelhos encontrados pela polícia serão periciados. Na decisão o juiz Luiz Moura diz que a apreensão e a perícia dos aparelhos "é de fundamental importância para o deslinde das investigações". Na decisão não há a determinação de prazo para que a perícia seja realizada e concluída.
O tenente Silva Neto foi preso no dia 19 de junho, no bairro Santa Isabel, zona Leste de Teresina, suspeito de matar a estudante Iarla Lima Barbosa e de ferir Ilana Lima Barbosa e Josiane Mesquita da Silva. "Foi tudo muito rápido, ela nunca imaginava passar por aquilo. Tanto que ela se assustou quando ele apontou a arma para ela e pediu, 'Não faz isso, por favor. Não faz isso Silva Neto", contou a irmã da vítima dias depois do assassinato.
A estudante e o tenente começaram um namoro uma semana antes do homicídio. “Semana passada ela chegou lá em casa falando que este rapaz estava pedindo ela em namoro. Eu falei com ela porque já tinha sido casada. Mas ela disse que ele era gente boa, que sempre via ele na faculdade”, disse, à época, Dulcinéia Lima da Silva, mãe da vítima. Um ato com cerca de 200 pessoas que vestidas de branco e com cartazes pediam justiça, dias depois do assassinato.
O tenente Silva Neto está preso preventivamente desde o dia 21 de junho, por decisão do juiz Airton Rosal Falcão Júnior. Na decisão o magistrado disse magistrado justifica sua decisão dizendo que há grande probabilidade do acusado ser o autor dos delitos, o que se demostra pela prova da existência do crime e que há indícios suficientes da autoria. Além disso, ele diz que o suspeito agiu por motivo torpe e atirou a queima roupa contra as vítimas.
TERESINA