A primeira paralisação do sistema de transporte público de Teresina em 2021 aconteceu no dia 11 de janeiro. A categoria cobrava o pagamento dos salários de forma integral e ainda o reajuste salarial de 2019.
A segunda paralisação durou três dias e foi encerrada no dia 27 de janeiro. Os trabalhadores denunciaram estar recebendo abaixo do salário mínimo e sem pagamento do ticket-alimentação e plano de saúde. A greve foi encerrada após a Prefeitura de Teresina pagar o ticket-alimentação.
A terceira paralisação aconteceu no dia 1º de fevereiro, entre os trabalhadores do Consórcio Theresina, que atende à Zona Sudeste de Teresina. A categoria protestava contra a demissão de um trabalhador, que eles consideraram injusta. A paralisação durou cinco horas, até que os trabalhadores e empresários entraram em um acordo.
Já quarta paralisação ocorreu entre os funcionários de uma das empresas que fazem parte do Consórcio Urbanus, que atende a Zona Leste de Teresina. O protesto foi porque 25 trabalhadores não receberam o pagamento das férias, mesmo após voltar ao trabalho. Outra questão é que 18 trabalhadores que estão afastados e teriam direito a 30% do salário estariam há três meses sem receber.
Na quinta-feira (4), os motoristas e cobradores de ônibus paralisaram as atividades pela quinta vez e não retornaram mais as atividades. Cerca de 300 funcionários aderiram à paralisação. Os ônibus deixaram de circular das 16h às 18h, depois retornaram para as garagens.
Leia abaixo a íntegra da nota do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina (Setut):
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina (SETUT) lamenta que a população da capital esteja sendo, mais uma vez, prejudicada com a falta de transporte coletivo. E informa que tem se esforçado para manter os veículos em circulação nas ruas, com o objetivo de atender a demanda de passageiros na capital. A entidade reitera que, de forma alguma, compactua com o impedimento da saída dos ônibus nas garagens, o que o SINTETRO vem realizando e contribuindo assim para a redução da frota.
Com essa medida, a entidade dos motoristas e cobradores desrespeita não só a lei de greve, que obriga nos serviços essenciais um quantitativo mínimo de 1/3 da força de trabalho, mas principalmente toda a nossa população.
Para o bem do sistema, recebemos hoje a comunicação da Justiça de que deveremos colocar em operação, 70% da frota nos horários de pico e 1/3 nos demais horários.