O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) decidiu pela nulidade do procedimento de busca e apreensão na casa do acusado de matar a ex-namorada, Aretha Dantas, no dia 14 de maio do ano passado. O procedimento foi anulado porque a polícia não tinha autorização judicial para adentrar o imóvel.
Na casa do acusado, Paulo Alves dos Santos Neto, foram encontrados seu carro com sangue da vítima, uma faca e uma carta na qual ele demonstra raiva de Aretha Dantas. Além disso, a casa tinha cabelos da vítima e sangue pelo chão.
O advogado de acusação, Marcus Vinícius, informou ao G1 que vai recorrer, porque era um estado de necessidade e Paulo Alves era o principal suspeito e o proprietário da casa foi responsável por abrir o imóvel e deixar os policiais entrarem. Já o advogado de defesa, João Marcos, não quis comentar sobre a decisão.
"Ele era o principal suspeito. Todo os vizinhos informaram que ele estava dentro da casa. Polícia bateu no portão, ninguém respondeu, ninguém abriu. Policial subiu no muro viu que dentro tinha um carro todo sujo de sangue, um cachorro muito alterado. Viu toda aquela situação, sangue na casa. Só que a polícia não adentrou, ligou para o proprietário da casa que foi até lá, abriu a casa e foi aí que eles adentraram", disse.
Relembre o caso
O corpo da cabeleireira Aretha Dantas foi encontrado no dia 15 de maio, com mais de 20 perfurações e marcas de atropelamento na Avenida Maranhão. O autor teria esfaqueado a vítima dentro do carro e depois jogado seu corpo na via.
No dia seguinte, Paulo Alves dos Santos Neto foi preso como principal suspeito. Em depoimento para a delegada Luana Alves, o ex-namorado da vítima confessou o crime.