Os jurados no processo em que um médico é acusado de homicídio culposo na morte de Michael Jackson não precisarão ficar confinados, como queriam os advogados de defesa, prevendo que esse será "o caso mais noticiado da história".
O juiz Michael Pastor, da Corte Superior de Los Angeles, decidiu que não seria preciso proibir os jurados de irem para sua casa durante o tempo em que o julgamento durar - quatro a seis semanas, a partir de setembro. Ele baseou a decisão no custo da medida, cerca de meio milhão de dólares, e afirmou ter uma "tremenda fé" no funcionamento do júri.
"Não acho que o sequestro seja a resposta neste caso", disse Pastor em audiência na quinta-feira. "Espero que os jurados sigam um caminho elevado."
A seleção dos jurados deve começar em 8 de setembro, e as alegações iniciais no julgamento do médico Conrard Murray estão marcadas para o dia 27.
Murray estava ao lado de Jackson quando o cantor morreu, em junho de 2009, e é acusado de ter administrado a dose fatal do anestésico propofol, sem tê-lo monitorado adequadamente em seguida.
O médico, que se declara inocente, pode pegar até quatro anos de prisão.
A defesa alega que Jackson, morto aos 50 anos, poderia ter se autoadministrado uma dose maior da droga quando o médico estava fora do quarto. Os advogados dizem que a intensa cobertura jornalística do processo pode pôr em xeque o direito de Murray a um julgamento isento.
"Há uma razoável expectativa de que o julgamento do dr. Murray será o mais noticiado na história", escreveram os advogados em sua petição pelo confinamento dos jurados.
Pastor disse que dará aos jurados rígidas instruções para que eles evitem ler ou ver o noticiário durante o julgamento. Para restringir a exposição à mídia, todas as refeições serão feitas na sala do júri.