O juiz da 2ª Vara Criminal do Rio, Fábio Uchôa, decretou a prisão preventiva de 11 torcedores do Flamengo pela morte do vascaíno Diego Martins Leal em agosto.
Na decisão, o magistrado disse que os acusados "encontravam associados para a prática criminosa (...) disfarçados sob o rótulo de que participavam de uma simples torcida organizada de futebol, mas que na verdade trata-se de uma organização tão hedionda quanto outros grupos que cometem crimes gravíssimos e com extrema violência (...), como as milícias e o Comando Vermelho".
No despacho, o juiz também atribuiu a prisão preventiva do grupo ao início do Estadual do Rio, que foi aberto no sábado. A decisão do magistrado foi assinada na última sexta-feira.
Os 11 torcedores são acusados de homicídio qualificado por motivo fútil e formação de quadrilha ou bando.
O crime ocorreu no bairro de Tomás Coelho, na zona norte do Rio, quando um ônibus de integrantes de uma organizada do Flamengo parou em um posto de gasolina na Avenida Martin Luther King com Silva Vale e os torcedores entraram em confronto com os vascaínos. Neste momento, Diego Leal correu e foi perseguindo pelos torcedores do Flamengo. Na ocasião, as organizadas Jovem Fla e Força Jovem do Vasco foram proibidas pelo Ministério Público de ir aos estádios após o crime.
Leal fazia parte da Força Jovem do Vasco, mas não utilizava a camisa do time na rua para evitar confusões com torcedores de times rivais.
O crime ocorreu horas antes do duelo entre as duas equipes, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro.