O Juiz Luiz Moura, da Central de Inquéritos, determinou a prisão preventiva dos dois policiais militares haviam sido presos administrativamente por não preservarem o local do crime, e levarem parte do dinheiro apreendido durante a tentativa de assalto ao Banco do Nordeste. Os PMs estavam na carceragem do Comando Geral da Polícia Militar, em Teresina e foram transferidos da para o Presídio Militar.
De acordo com a tenente-coronel Elza Rodrigues, superintendente de comunicação da Polícia Militar, o comandante do 5º BPM, major Flávio Pessoa, e o subcomandante major Nivaldo Santos foram afastados por conta da forma como foram realizados os procedimentos após o crime.
“Tendo em vista algumas divergências procedimentais, o comando decidiu afastar os dois para esclarecimento de fatos. O comando entendeu que seria necessário tomar essa decisão, para melhor conduzir as investigações”, disse a tenente-coronel Elza Rodrigues.
A tenente-coronel Elza Rodrigues conta que o major Pessoa afirma não ter dado a ordem para que os policiais levassem o dinheiro da cena do crime para a sede do 5º Batalhão. “Conversei com ele hoje e ele disse para mim que não deu essa determinação de levar o dinheiro para quartel, que quando ele chegou os PMs já estavam lá”, disse. Os R$ 300 mil continuam desaparecidos.
Cena do crime violada
A tentativa de assalto à agência do Banco do Nordeste localizada na zona Leste de Teresina foi frustrada com a chegada de uma equipe da Polícia Militar. Os policiais conseguiram prender um dos membros da quadrilha dentro da agência bancária. O suspeito carregava sacos plásticos cheios com o dinheiro roubado do cofre do banco.
Após a prisão, uma parte dos policiais seguiu em diligências para prender outros suspeitos, enquanto dois PMs ficaram no local do crime. Segundo a Polícia Militar, os dois PMs, que não tiveram seus nomes divulgados, levaram parte do dinheiro roubado até a sede do 5º BPM.
Durante a contagem do dinheiro apreendido, a Polícia Civil e o Banco do Nordeste perceberam que havia R$ 300 mil a menos do que o valor que teria sido retirado da agência pelos assaltantes. Um inquérito policial foi aberto no GRECO (Grupo de Repressão ao Crime Organizado) e também uma investigação interna da Polícia Militar, e os dois PMs foram presos cautelarmente.