Publicada em 11 de Setembro de 2015 �s 12h29
Jovens que participam de oficinas permanentes de teatro, dança e música estão tendo a oportunidade de mostrar seus talentos e aprendizados durante a 8ª edição do Festival de Rabecas de Bom Jesus. O município revela seu potencial para as artes e hoje já possui companhias de dança e de teatro, além da primeira orquestra de rabecas do país, formada por estudantes da rede pública. “Em três meses ministrando as oficinas de teatro aqui já vejo o potencial desses meninos. Alguns já faziam trabalhos por conta própria. Estamos, atualmente, com 18 alunos, sendo que a dança é um complemento do teatro e vice-versa”, diz a professora de dança e coreógrafa, Bete Batally. Parte desse potencial foi revelado no primeiro dia do evento, na quinta-feira (10). No palco queijinho Mestre Beija, um dos espaços que recebem até sábado (12), a programação do evento, houve apresentação da Cia do Cerrado, de Bom Jesus.
Francisco Rodrigues, de 19 anos, conta que iniciou as aulas de teatro e de dança aos 7 anos de idade. Hoje, ele ministra aulas para 12 bailarinos, alguns mais velhos que o professor. “Tenho vontade de sair da minha cidade para estudar mais e trazer todos os conhecimentos para serem aplicados aqui. A arte transforma e dá outra opção de vida aos jovens que não tinham acesso a essas atividades”, afirma Francisco. O palco queijinho Mestre Beija, montado na praça do Fórum, também recebeu alunos da Escola de Dança do Estado Lenir Argento, além dos atores do grupo Harém de Teatro, que apresentaram a peça “Um bico para velhos palhaços”. A praça também ganhou um colorido especial, com as telas da exposição de grafites “lendas do Piauí”, pintadas durante o XXXIX Encontro Nacional de Folguedos. O secretário estadual da Cultura, Fábio Novo, fala da importância em chegar à oitava edição do festival. “Hoje temos a nossa Orquestra de Rabecas, um orgulho para Bom Jesus e para o Brasil. Sem falar dos jovens do teatro e da dança. O Festival também é uma oportunidade de aproximar a arte da população. Estamos com uma programação gratuita, voltada para o público de todas as idades. Recebam bem os artistas que estão em nossa cidade e aproveitem esse momento”, frisa Fábio Novo. A diretora da unidade de Articulação Cultural da Secretaria Estadual da Cultura, Bid Lima, pontua a importância de distribuir a programação do evento por vários espaços da cidade. Na manhã da quinta-feira (10), a programação foi iniciada no auditório da Universidade Estadual do Piauí, onde houve lançamento do livro e documentário “Abrindo as cortinas: o teatro como estratégia de ensino”.
Bid Lima é uma das organizadoras da obra, juntamente com o professor Raimundo Dutra, que reúne experiências do projeto executado em quatro municípios do Piauí, através do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) da Universidade Estadual do Piauí. “O lançamento do livro é uma forma de trazer uma proposta educativa para o festival, que também conta com oficinas e exposições. Estamos buscando descentralizar as ações e alcançar um público cada vez maior. Precisamos valorizar o que há de melhor na cidade”, afirma a diretora.
Nesta sexta-feira (11), a programação começa a partir das 16h, no palco queijinho mestre Beija, com apresentação do grupo de dança “O poder da criança”, de Bom Jesus. O grupo Cotejoc apresenta o espetáculo de teatro “A verdadeira história de Romeu e Julieta”, seguido pela peça “Chepeuzinho Vermelho”, do grupo Utopia. Já, os shows são realizados no palco mestre Joaquim Carlota, a partir das 20h.