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J� tra� e fui tra�da. Hoje s� seduzo meu marido, afirma Dira Paes.

Publicada em 31 de Janeiro de 2014 �s 11h02

�Ela incendeia a imagina��o do p�blico no cinema e na TV. Na intimidade, prefere sexo com amor. M�e leoa e mulher apaixonada pelo marido, a musa sexy � rom�ntica e engajada. Aos 44 anos, n�o teme envelhecer e se prepara para ser, pela primeira vez, protagonista de uma novela no hor�rio nobre

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Voc� com certeza a conhece por um dos pap�is de mulher fogosa e hipersensual, como Celeste, de "Amores Roubados" (2014), ou Norminha, de "Caminho das �ndias" (2009). Mas Dira Paes come�ou sua carreira h� exatos 30 anos, ainda adolescente, em "A Floresta das Esmeraldas", filme de John Boorman. Foi no cinema, ali�s, que ela se consolidou como atriz, majoritariamente em pap�is dram�ticos (s�o cerca de 30 longas e mais de 20 pr�mios). S� que pouca gente sabe disso. Levou mais de duas d�cadas at� Dira conquistar o reconhecimento do grande p�blico. “Era como se eu n�o tivesse a possibilidade de ser aceita por estar fora dos padr�es est�ticos”. Sua beleza mesti�a, de pele morena e olhos puxados, ironicamente, foi o que a fez se tornar um sex symbol da TV. Detalhe: depois dos 40 (ela tem 44). Apesar disso, a sucess�o de pap�is sensuais n�o a assusta. “N�o tenho medo de envelhecer. A mulher n�o tem prazo de validade”, afirma.

Dira, de fato, � hoje um dos nomes mais quentes nos bastidores da TV Globo. Em 2015, ir� interpretar sua primeira protagonista em hor�rio nobre. O escritor Jo�o Emanuel Carneiro, do sucesso "Avenida Brasil", fez quest�o de reserv�-la para sua pr�xima trama, que ser� dirigida por Amora Mautner. No cinema, tamb�m continua a todo vapor. S� este ano ser�o quatro estreias, incluindo "Saias", em faz o papel de uma pol�tica corrupta [o lan�amento ser� antes das Elei��es Presidenciais]. Casada com Pablo Bai�o, cinegrafista que conheceu no set de "Amarelo Manga", pai do seu filho In�cio, de 5 anos, ela confessa que gostaria de ser m�e mais uma vez – a primeira gravidez, complicada, resultou em parto prematuro. “Minhas possibilidades naturais est�o se esgotando. Penso em adotar duas crian�as.” Simp�tica e articulada, ela se emocionou outras duas vezes durante a entrevista, quando lembrou de suas perdas (do pai e da sobrinha adolescente). Nas animadas tr�s horas de bate-papo, citou o pensador alem�o Friedrich Nietzsche em muitos momentos. Falou de amor, sexo, casamento, carreira e milit�ncia. Como ela mesmo diz, � tudo isso que a “potencializa”. A entrevista completa est� na edi��o de fevereiro de Marie Claire, que chega �s bancas nesta sexta-feira (31).

MARIE CLAIRE Suas cenas com Cau� Raymond em Amores Roubados eletrizaram o pa�s.
O que acha que faz as pessoas associarem voc� ao erotismo?
DIRA PAES Com a maturidade, fiquei mais dona de mim. Nessa fase da vida, a mulher deixa de ser uma folha ao vento, porque se conhece muito mais. Mas eu acho que o que potencializa a libido � o fato de eu ser cidad�, dona de casa e mulher. Acho que n�s, mulheres, temos de lidar com tudo isso sem perder a delicadeza.
MC Mas, e esse corp�o? Como voc� se cuida no dia a dia?
DP N�o fa�o dieta. Vou a um endocrinologista bacana. Ele � atleta tamb�m e me protege de modismos da �rea est�tica. Malho tr�s vezes por semana com o mesmo personal trainer h� 12 anos. Sempre fiz atividade f�sica. J� estudei jazz, bal� cl�ssico, capoeira. Quando filmo ou gravo na TV, os hor�rios mudam, mas me exercito ao menos duas vezes por semana e corro por 40 minutos.

MC Teve medo de se restringir apenas a tipos populares na TV, por causa de seu biotipo?
DP Sim. Achei que a TV n�o era o meu meio, por estar fora dos padr�es e ter essa brasilidade nos tra�os. S� que os padr�es v�m mudando coma ascens�o de artistas latinas e negras como Rihanna, Jennifer Lopez. Nunca tive que pedir trabalho na Globo. O p�blico se sente valorizado com esse outro olhar, que reconhece a beleza brasileira. E justamente hoje [a entrevista foi feita em 13 de janeiro no Copacabana Palace] estou completando 30 anos de cinema!
MC Como se apaixonou pelo cinegrafista Pablo Bai�o?
DP Eu o conheci no set de Amarelo Manga. Cinco anos depois, fizemos um novo filme, Os Incur�veis, de Gustavo Acioli. Era 2005, eu tinha me separado, estava solteira. Num determinado momento da filmagem, tivemos o nosso coup d’oeil, o golpe de olhar. Foi fatal para n�s dois.

MC Quem tomou a iniciativa?
DP Eu, claro.Tenho �mpeto mas n�o sou direta, sou rom�ntica. Ent�o, no �ltimo dia de filmagem, quando vi que n�o podia ficar sem aquele menino, enviei uma mensagem: ‘Peguei o telefone de todo mundo, menos o seu. Aqui vai o meu’. Ele respondeu: ‘Espera’. A troca de mensagens parou. Tinha ido ao banheiro e, quando sa�, ele estava na porta e me deu um beijo. Estamos juntos h� oito anos.
MC Como perdeu a virgindade?
DP Amorosamente, aos 16 anos, com meu primeiro namorado, com quem fiquei oito anos. N�o acho que sexo sempre tem que ter amor, mas � melhor quando tem.

MC Qual a import�ncia do sexo na sua vida, de zero a 10?
DP Dez! N�o pode deixar a peteca cair. Sexo � tamb�m carinho, est�mulo. Se eu me gostar, meu marido vai gostar de mim.
MC Voc� virou um sex symbol e ele � nove anos mais novo. S�o muito ciumentos um com o outro ou tiram de letra?
DP N�o, n�o temos ci�me. A maturidade faz muito bem aos amantes! Al�m disso, n�s dois trabalhamos com cinema, entendemos os meandros. Nessa profiss�o, � muito frequente o ci�me adoecer as pessoas.
MC Parece t�o segura. Ser� que nunca sofreu por amor?
DP Claro que sim. J� tra� e j� fui tra�da, mas em outros tempos, nunca com o Pablo. J� paquerei e fui muito paquerada. Hoje, os jogos de sedu��o que me interessam s�o com meu marido.
MC J� pensou em posar nua?
DP Fui sondada algumas vezes, mas foto n�o � para qualquer um.

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Fonte: GLOBO �|� Publicado por: Da Reda��o

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