Varejo: a desaceleração dos investimentos no varejo recebeu atenção da Unctad
Imagem: ExameClique para ampliarVarejo: a desaceleração dos investimentos no varejo recebeu atenção da Unctad O menor apetite por projetos de alguns setores da indústria e o segmento de serviços geraram a queda do volume de investimentos produtivos para o Brasil no ano passado.
Essa é a explicação da Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) que classificou a retração de 1,9% no IED (Investimento Estrangeiro Direto) ao País em 2013 como "ligeira diminuição" dos fluxos. saiba mais Mercado financeiro reduz previsão de alta do PIB de 2014 para 1,24% Para Economist, Brasil melhora e passa de Belíndia para ‘Italordânia’ Crescimento do Brasil em 2014 só será maior que o de Argentina e Rússia, diz Banco Mundial Governo engaveta projeto de crédito para setor automotivo É canalhice afirmar que falta confiança no Brasil, diz Lula Leia mais sobre Economia brasileira
No relatório "World Investment Report", a entidade ligada às Nações Unidas diz que a queda dos investimentos para a indústria manufatureira e o setor de serviços foram os responsáveis pela contração do fluxo total ao País.
"Isso impôs a diminuição global do investimento", explica o texto.
A desaceleração dos investimentos no varejo recebeu atenção especial da Unctad.
"As estratégias de internacionalização ficaram mais seletivas: alguns dos maiores varejistas do mundo desaceleraram a expansão em alguns grandes mercados, como o Brasil e a China, e passaram a dar mais atenção a outros locais com grande potencial de crescimento, como a África subsaariana", destaca.
A entidade cita a norte-americana Walmart e a francesa Carrefour como exemplos de varejistas que mudaram o foco nos mercados emergentes.
A entidade minimizou a queda do volume para o Brasil. Um dos argumentos é que "aumentou consideravelmente" o investimento produtivo para setores manufatureiros específicos, como as montadoras de veículos, indústria de eletrônicos e bebidas. Além disso, houve forte alta de 86% nos fluxos destinados ao setor primário.
Mundo
A recuperação da atividade econômica alavancou o investimento estrangeiro direto ao redor do planeta. Pesquisa da Unctad mostra que o total de investimento produtivo no mundo somou US$ 1,451 trilhão em 2013, cifra 9,1% maior que a registrada em 2012.
Economias desenvolvidas, como os Estados Unidos e Alemanha, lideraram a atração de recursos. A entidade diz que há "otimismo cauteloso" com a recuperação do fluxo de investimentos.
O fluxo de investimento produtivo acompanhou a recuperação da atividade econômica em países desenvolvidos e o total de IED para esses mercados cresceu 9,5% no ano, para US$ 565,6 bilhões.
Para os EUA, por exemplo, o total alocado aumentou 16,8%, para US$ 187,5 bilhões. Para a União Europeia, a alta foi de 14% (US$ 246,2 bilhões), sendo que a austera Alemanha viu o IED saltar 102,4% (US$ 26,7 bilhões).
A recuperação dos fluxos poderia ter sido maior. O relatório cita que o volume de fusões e aquisições, por exemplo, frustrou expectativas.