Investigadores brasileiros suspeitam que a operação frustrada para prender o megatraficante de drogas Antônio Joaquim Mota foi vazada pela polícia paraguaia.
“Nível de corrupção inaceitável. Quando envolve graúdos, é muito difícil”, afirma uma fonte da Polícia Federal (PF) que acompanha as investigações.
Antônio Joaquim Mota é um dos nomes mais influentes do tráfico internacional de drogas, segundo a polícia. O criminoso atua com o tráfico de cocaína trazendo a droga da Bolívia, por via aérea na divisa entre o Brasil e o Paraguai.
Na sexta-feira (30) a Polícia Federal organizou uma operação com apoio da polícia paraguaia para prender Mota. A investigação descobriu que ele estava em uma propriedade rural na fronteira entre Ponta Porã, no Brasil, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
Ao chegarem lá, no entanto, os policiais perceberam que ele havia fugido um dia antes, de helicóptero, que pousou do lado paraguaio da propriedade.
No Ministério da Justiça, a suspeita também recai sobre autoridades paraguaias, segundo o blog apurou. A polícia paraguaia, entretanto, ataca a PF.
“Não houve nenhum incidente. Apoiamos a Polícia Federal nessa operação. O local que foi alvo da busca foi verificado previamente pelos investigadores da PF. Infelizmente, descobrimos que os proprietários não estavam lá há muito tempo e as informações fornecidas eram imprecisas ou desatualizadas, já que apenas a PF tinha acesso a essas informações. Portanto, se houve algum vazamento, foi por parte da PF”, afirmou a Polícia Nacional do Paraguai em nota.
Apesar da fuga de Antonio, a polícia conseguiu cumprir seis dos 12 mandados e prisão. Os detidos faziam a segurança do traficante. Foram apreendidas 14 armas, entre elas 4 pistolas, 3 revólveres e 3 fuzis, além de 40 caixas de munição, seis granadas e colete balístico.