Doze jovens que cumprem medida em semiliberdade na unidade socioeducativa no bairro Primavera, Zona Norte de Teresina, queimaram colchões durante rebelião na tarde desta quarta-feira (30). Segundo educadores, três internos fugiram na confusão.
"Dois jovens em atendimento médico teriam roubado o celular de uma enfermeira no hospital e ao retornar para a unidade, os policiais iniciaram uma vistoria e isso causou revolta dos internos. Eles queimaram colchões na grade do prédio e o fogo acabou atingindo a fonte de energia e setores da unidade. Por causa do incêndio, todos precisaram ser retirados, mas ninguém ficou ferido", informou um educador, que preferiu não se identificar.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar o incêndio e enviou uma equipe até o local. Policiais do Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (BPRone) estão na unidade e fizeram diligências na região em busca dos fugitivos.
A Secretaria Estadual da Assistência Social (Sasc), responsável pela unidade, informou que o corpo técnico está fazendo uma avaliação mais assertiva do ocorrido e na manhã desta quinta-feira (31) deve emitir uma nota diante dos fatos apurados e do andamento das diligências.
Entre os internos da unidade estão os três jovens condenados pelo estupro coletivo contra quatro garotas em Castelo do Piauí, a 190 km de Teresina. Eles foram beneficiados com a medida de liberdade assistida por mais dois anos e seis meses de prestação de serviço à comunidade.