Publicada em 07 de Janeiro de 2016 �s 17h13
Padaria interna da Penitenciária Gonçalo de Castro Lima, Floriano (Foto:Divulgação Sejus)
O trabalho tem sido uma das principais vertentes de ação da Secretaria de Justiça (Sejus) para humanizar e ressocializar as pessoas privadas de liberdade. Mais de 1.300 pessoas - entre internos e seus familiares, além de funcionários do sistema penitenciário - estão recebendo capacitação em áreas como artesanato, cozinha, horta, construção civil, vendas, serviços gerais, biblioteca, marcenaria, panificação, auxiliares de produção e pedagogia.
Oito internas da Penitenciária Feminina de Teresina tem encontrado, dentro da própria unidade, oportunidade de trabalho. Elas produzem cerca de 3 mil pães semanalmente, que são utilizados para consumo interno e para distribuição em outros estabelecimentos penais do Estado.
Já na padaria interna da Penitenciária Gonçalo de Castro Lima, em Floriano, dois reeducandos produzem cerca de 700 pães diariamente.
“Além da reconquista da autoestima e da ocupação do tempo, os reeducandos tem benefícios que estão previstos na legislação, como remissão de pena e progressão de regime”, explica Delfran de Sousa, gerente da Penitenciária de Floriano. A cada três dias trabalhados a pena é reduzida em um dia.
“Nós acreditamos na mudança das pessoas. Por isso, temos buscado por meio destas ações a qualificação do reeducando para o mercado de trabalho. Paralelo a isso, à diminuição do índice de reincidência criminal, das transgressões disciplinares e movimentos de subversão”, afirma o Secretário de Justiça, Daniel Oliveira.
“Agora tenho uma profissão. Trabalhar na padaria interna da penitenciária me proporcionou uma mudança de vida. Já fiz o curso profissionalizante de pizzaiolo e quando sair pretendo seguir a profissão", explica Francisco José Tiago Alves, 31 anos, interno da Penitenciária de Floriano.
Em breve outras unidades serão beneficiadas com a realização de cursos de panificação, financiados pelo Departamento Penitenciário Nacional, em virtude da aprovação de um projeto elaborado pela Sejus.
No Piauí, a Lei nº 6.368/13 prevê a destinação de 5% das vagas de empregos no setor público para egressos do sistema penitenciário do Estado.
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