O indicador de Clima Econômico da América Latina (ICE) recuou 5,3% em abril, após registrar alta entre outubro de 2013 e janeiro de 2014. A queda, de 95 para 90 pontos, foi motivada por piores resultados tanto do indicador da situação atual (ISA) como no de expectativas (IE). Os números foram divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Todos os três indicadores estão na zona desfavorável e continuam, assim como na Sondagem de janeiro, abaixo das suas médias históricas dos últimos dez anos, de acordo com a pesquisa.
Dos 11 países monitorados pela Sondagem, sete registraram queda. Apesar da queda do ICE em relação a janeiro, Colômbia e Paraguai permaneceram na zona favorável. Passaram da zona favorável para desfavorável, Chile, Equador e México. Os outros dois países que tiveram queda no ICE - Brasil e Argentina - já estavam na zona desfavorável.
O Brasil destaca-se por registrar a maior queda do ICE entre os 11 países: o indicador passou de 89 para 71 pontos, uma redução de 20%. Na série histórica iniciada em 1989, este é o pior índice desde janeiro de 1999. No auge de crise de 2008, o indicador mais baixo ocorreu em janeiro de 2009 (78 pontos).
Segundo a FGV, o ICE do Brasil é inferior ao da Argentina (75 pontos) e supera apenas o da Venezuela, que se mantém no valor mínimo, de 20 pontos, desde julho de 2013. Bolívia, Peru e Uruguai melhoraram o ICE e já estavam na zona de avaliação favorável ou no limite (caso do Uruguai, em que o ICE em janeiro estava em 100 pontos).