Imagem: ReproduçãoIndianas fazem protesto contra estupro, em Nova Delhi, em 22 de abril
Uma indiana muçulmana denunciou que mais de 12 homens a estupraram para puni-la por seu trabalho em favor da oposição nacionalista hindu nas eleições legislativas, informou a polícia nesta terça-feira.
A mulher, do estado oriental de Jharkhand, denunciou à polícia que um grupo de homens a atacou em sua casa na segunda-feira e também agrediu sua filha de 13 anos. saiba mais 90% das mulheres estupradas não denunciam agressor, diz especialista Caso de argentina que ficou cega de tanto apanhar do marido comove país Japão luta contra a violência doméstica Falha, aplicação da lei pode fazer mulher violentada ser "vítima duas vezes" Dilma se solidariza com jornalista que criou campanha contra estupro Leia mais sobre Violência contra mulher
Seu marido teria sido amarrado durante o ataque.
Anurag Gupta, porta-voz da polícia de Jharkhand, declarou que o caso estava sendo investigado, mas disse que era muito cedo para confirmar se o ataque foi motivado por razões políticas.
"É muito difícil dizer neste momento qual foi a razão exata por trás do incidente", disse à AFP.
A vítima, de 30 anos, faz parte de uma ala "minoritária" do Partido Bharatiya Janata (BJP), que tenta atrair os eleitores muçulmanos a esta organização, favorita nas eleições.
Poucos muçulmanos são esperados para votar em favor do BJP, liderado pelo político linha-dura Narendra Modi, cuja reputação foi afetada pelos distúrbios religiosos em seu estado natal de Gujarat, em 2002.
Modi, que segundo as pesquisas deve ser eleito primeiro-ministro em 16 de maio, era o chefe do Governo deste estado no momento em que conflitos religiosos explodiram, deixando mais de 1.000 mortos, em sua maioria muçulmanos.
A situação das mulheres é uma prioridade na agenda eleitoral, após a morte de um estudante devido a um estupro coletivo em um ônibus em Nova Delhi, em dezembro de 2012. Este caso provocou um debate nacional sobre a violência sexual no país.