Ao contrário da maioria das bancadas estaduais, que votaram em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, metade dos parlamentares do estado do Piauí ficou contra a aceitação do impedimento.
Assis Carvalho (PT), Fábio Abreu (PTB), Marcelo Castro (PMDB), Paes Landim (PTB) e Rejane Dias (PT) votaram contra o impeachment. Já Átila Lira (PSB), Heráclito Fortes (PSB), Iracema Portella (PP), Júlio Cesar (PSD) e Rodrigo Martins (PSB) deram votos em favor do processo.
Confira abaixo a justificativa de cada deputado para seu posicionamento quanto ao impeachment. A lista foi disposta em ordem alfabética.
Assis Carvalho (PT) – Contra
“Sou contra o golpe. No processo de impeachment não foi configurado crime de responsabilidade. E impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. As chamadas pedaladas fiscais não foram consideradas no despacho de admissibilidade feito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, pois se relacionava ao mandato anterior. A denúncia em debate é a edição de seis decretos de suplementação orçamentária, em 2015, supostamente sem autorização legal, em ofensa à meta de superavit primário. Porém, as contas de 2015 não foram avaliadas pelo TCU, que ainda emitirá um parecer técnico a ser analisado e votado pelo Parlamento. Logo, esse processo de impeachment não tem base legal", falou.
Atila Lira (PSB) – A favor
“O deputado federal Átila Lira (PSB) esclarece que é a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff, de acordo com a posição do Partido Socialista Brasileiro”.
Fábio Abreu (PTB) – Contra
Heráclito Fortes (PSB) – A favor
"Temos o Mensalão, o escândalo na Petrobras e as investigações da operação lava-jato como evidências de que a presidente Dilma não tem mais condições de continuar à frente do governo. Além desses fatos, o crime de responsabilidade da Presidente da República foi comprovado, já que ela alterou a lei orçamentária por decreto e não estavam presentes as condições legais que autorizariam esse procedimento”.
“Este Governo se esgotou, está saturado e não traz mais à população brasileira nenhum fio de esperança. O PT precisa aceitar que quem está querendo a saída do governo é o povo brasileiro. Não somos nós, a oposição, isoladamente. Nós somos minoria. É a população brasileira, que tem ido às ruas, dá o recado final e definitivo. O impeachment é a oportunidade de o Brasil se reencontrar, é a chama de esperança que nos resta”.
Iracema Portela (PP) – A favor
"Até o último minuto tentei manter a posição pessoal de votar contra o impeachment, mas como os deputados da bancada do Partido Progressista decidiram votar a favor, eu vou seguir a minha bancada”.
Júlio César (PSD) - A favor
Marcelo Castro (PMDB) – Contra
Paes Landim (PTB) – Contra
Rejane Dias (PT) – Contra
“Os resultados estão aí para mostrar o quanto nós melhoramos, com o apoio do Governo Dilma, na questão da escolaridade, na ampliação dos programas educacionais, como o Pronatec. Além disso, há um esforço muito grande para erradicar o analfabetismo no Piauí.”
“Como diz a Constituição, só há permissão para impedimento se o crime de responsabilidade for comprovado. E se não foi comprovado, qual o nome que a gente dá para isso? É golpe! E golpe é uma afronta ao estado democrático de direito, à democracia e ao voto popular. Sabemos que jamais nascerá um governo legítimo de um golpe de estado”.
Rodrigo Martins (PSB) – A favor
“Estou alinhado ao posicionamento da Executiva Nacional do PSB que orienta o voto a favor do Impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que já era uma decisão minha, que tomei antes mesmo do partido. Não tenho dúvidas de que ela cometeu crime de responsabilidade fiscal ao descumprir a lei orçamentária e ao editar decreto de aumento de despesas sem autorização do Poder Legislativo, afrontando a Constituição Federal".
"Além das pedaladas fiscais contestadas pelo Tribunal de Contas da União, a petista está envolvida diretamente nos escândalos da Petrobras, até pelo fato de ter sido presidente do conselho da estatal, braço direito do Governo Lula. Não é porque Dilma é chefe do executivo que está acima da Lei. Reitero ainda que sou contra a permanência dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que foram denunciados e precisam se licenciar dos cargos até para que tenham legitimidade nas suas defesas”.