Publicada em 03 de Julho de 2013 �s 17h50
Fomentar a organização e capacitação dos jovens matriculados em escolas agrotécnicas e família agrícola do Piauí. Foi com esse objetivo, que os avanços e desafios do Programa Produtores do Futuro estão sendo discutidos no II Seminário promovido pela Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc), Embrapa e Banco do Nordeste. Há um ano o programa vem dando uma nova perspectiva à agricultura familiar.
Agricultores, técnicos e representantes das entidades parceiras, bem como das vinte escolas estaduais que recebem o Programa debateram, na tarde desta quarta-feira (3), na sede da Embrapa, em Teresina, as conquistas e perspectivas do Programa Produtores do Futuro. Experiências exitosas como a do articulador Pacelli Rodrigues, do município de Queimada Nova, na região Sul do Estado, foram apresentadas no evento.
"Implantamos o programa com muita dificuldade em nosso município que sofre com a escassez de água. Mesmo assim, em apenas seis meses, já estamos produzindo batata e feijão biofortificados. Isto é uma verdadeira revolução em uma região como a nossa, que dá uma nova esperança a agricultura familiar e as comunidades quilombolas", explica Pacelli que é ex-aluno da Escola Família Agrícola de Simplício Mendes.
Em Pedro II, a produção de alimentos biofortificados por alunos e suas famílias encontra-se em estágio ainda mais avançada, como explica o articulador local, João Ferreira. "Implantamos o projeto na Escola Família Agrícola Santa Ângela ainda em 2012 e já estamos produzindo macaxeira, batata doce e dois tipos de feijão nas escolas, como também em cerca de vinte pequenas propriedades rurais que receberam sementes e ramas (mudas) de nossas unidades produtivas", relata.
O diretor da unidade de Educação Técnica e Profissionalizante da Seduc, Reinaldo Lopes, observa que apesar de pouco tempo de implantação, o Programa Produtores do Futuro já é um verdadeiro sucesso.
"O Governo do Estado, através da Seduc, abraçou a produção de alimentos biofortificados proporcionando a comercialização dos mesmos pelos alunos e seus familiares como complemento merenda escolar. Isso vem dando certo, disseminando conhecimento tecnológico no campo, bem como o incremento da renda dessas famílias. Já somos exemplo para todo o Brasil no projeto Biofort", explica o diretor.
Também apoiam o Programa, a Associação Regional das Escolas Família Agrícola do Piauí (AEFAPI), Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (CODEVASF) e Fazenda da Paz.