O diretor do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Gilberto Albuquerque, confirmou ao G1 ter aberto nesta quarta-feira (15) o protocolo para confirmar a morte cerebral do vigilante suspeito de assassinar a tiros a ex-namorada Hettyany Yaneska Castro Veras. O crime ocorreu no sábado (11) dentro de uma academia no bairro Angelim, Zona Sul da capital. Segundo a polícia, após disparar contra a ex, o homem atirou contra a própria cabeça.
"O prazo mínimo para confirmar a morte é de 24h e o máximo de até 72h. Este tipo de protocolo é aberto quando o paciente não apresenta nenhuma ou baixa atividade cerebral. Vários exames serão feitos até um resultado definitivo", explicou.
De acordo com o diretor, o paciente passou por uma cirurgia na cabeça ainda no sábado e desde lá não apresentou nenhuma reação. O vigilante está em coma induzido e respira com ajuda de aparelhos.
"A bala passou pela base do crânio e atingiu os principais nervos. Ele ainda não teve melhora no seu quadro de saúde, que é grave", completou Gilberto Albuquerque.
Entenda o caso
O vigilante, apontado pela polícia como autor dos disparos, atirou contra a própria cabeça e foi socorrido com vida após disparar cinco vezes contra a ex-namorada, que estava malhando. Hettyany Yaneska Castro Veras, 32 anos, morreu com tiros no peito, cabeça e braço.
A Delegacia de Homicídios iniciou as investigações sobre o caso e encaminhou para o Núcleo de Feminicídio. Segundo o delegado Higgo Martins, o ex-companheiro cumpria medida protetiva determinando que ele deveria manter distância mínima de 100 metros da vítima desde dezembro do ano passado, logo após a prisão do vigilante por agressão a Hettyany.
Para o delegado, não há dúvida de que o crime foi motivado por ciúmes, pois o suspeito não aceitava o fim do relacionamento que durou apenas oito meses. "Desde que Hettyany terminou o namoro, o rapaz tentava reatar", destacou.