Piaui em Pauta

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O centro garante total segurança no processo de doação de sangue

Hemopi fornece sangue aos 224 municípios do Piauí

Publicada em 27 de Março de 2016 �s 08h39


  												Trote solidário no Hemopi						 (Foto:Maria Teixeira)					Trote solidário no Hemopi (Foto:Maria Teixeira)

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) é o único hemocentro do estado e tem a responsabilidade de fornecer componentes sanguíneos para todos os hospitais da rede pública e privada dos 224 municípios do estado. De acordo com o diretor do Centro, Jurandi Martins, dia a dia o Hemopi realiza campanhas de coletas interna e externa, no sentido de manter o estoque sanguíneo com o mínimo possível de bolsas para atender a todas as demandas dos hosspitais do estado.

“Esse trabalho único que fazemos no estado é um trabalho muito gratificante. Sempre fazemos parcerias com entidades públicas e privadas, afinal, temos quatro tipos sanguíneos, A, B, AB e O, e alguns desses são mais raros que outros, isso é prevalente na população brasileira e temos também a família do fator Rh negativo e positivo, e esse trabalho no dia a dia é no sentido de manter o nosso estoque satisfatório”, afirmou Jurandi Martins.

Quem quiser doar sangue deve se cadastrar no banco de doação sanguínea do Hemopi, depois de atender a alguns critérios básicos, como ter entre 18 e 69 anos, (caso seja menor de idade tem que vir acompanhado com o responsável legal) apresentar documento de identidade oficial com foto, está saudável e alimentado, e pesar acima de 50 kg. Atendido esses critérios você vem e faz o primeiro passo que é o cadastro. Através do cadastro os seus dados ficam armazenados e você poderá doar sangue em alguma solicitação futura. . Homens podem doar até 4 vezes por ano e mulheres 3 vezes por ano. 

“Para realizar o processo de doação de sangue primeiro precisa se deslocar até o Hemocentro de Teresina, que fica à Rua 1° de maio ao lado do Hospital Getúlio Vargas, que está disponível para coleta de segunda a sábado entre os horários de 7h30 às 18h.  Atendendo ao 1° passo que é o do cadastro, você passa para o 2° passo que é o hematoga, exame básico que serve grosseiramente para dizer se o doador está anêmico ou não. É feito através de um pequeno furo no dedo, com o aparelho, e lá sai o numero do hematoga  que é um exame laboratorial,  se esse número tiver acima de 12, é um número alto para doação, abaixo de 12 não é apto a doar, então é recomendado que você faça alguma refeição reforçada contendo componentes de ferro para que posteriormente no prazo de 2 ou 3 semanas você retorne ao hemocentro para recomeçar o caminho novamente”, explicou o diretor do Centro.

Depois de realizado o hemotoga, o próximo passo (3°) é a triagem médica, no qual um profissional capacitado vai avaliar de forma confiável e segura o doador, quais os hábitos alimentares, hábitos sexuais, o uso ou não de antibióticos, uso por dia, se foi ou não acometido por alguma enfermidade, bebida alcoólica, drogas , DST, e etc, obedecendo aos critérios da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC), lei do Ministério da Saúde que determina como os Hemocentros devem funcionar.

“Porque sabemos que transfusão de sangue é uma coisa muito complexa, pois é retirado o tecido sanguíneo de uma pessoa e introduzido em outra,  por isso tem que ter a questão da confiabilidade e a questão da segurança. Como Hemopi é um órgão de controle de qualidade, existe essa triagem médica, pois esse sangue vai ser transfundido na veia de alguém lá na frente, e esse procedimento acontece para que não ocorra problema em decorrência da transfusão”, frisou Martins.

Depois de realizada a triagem médica, que é obrigatória, é realizado o processo da etiquetagem, procedimento em que a bolsa de sangue vai ser identificada com o código para o doador, e esse código é passado para a bolsa de sangue, chegando ao 5°  passo  que á a doação diretamente na bolsa em torno de 400ml a 450ml de sangue.  Uma vez coletado, o sangue é destinado para alguns laboratórios. Os primeiros são laboratórios do processamento, que vai separar os quatro componentes sanguíneos, o plasma as hemácias, o trio precipitado e as plaquetas, depois o sangue é transferido para outros laboratórios que vão realizar um árduo controle de qualidade.

“São testes para afastar o risco de doenças como a sífiles, doença de chagas, hepatites, HTL, HIV, e além desses exames que são feitos em Teresina, temos os exames que são feitos no Ceará, em Fortaleza. São exames de biologia molecular que é a prova Nati, determinada pelo Ministério da Saude em 2013”, declarou o gestor.

O Ministério da Saúde em 2013 instituiu o laboratório Nati com o objetivo de avaliar a qualidade do sangue. Pelo alto valor financeiro dos testes, o Brasil disponibilizou apenas dez Centros de Testagem no país, dois deles na região Nordeste, um em Pernambuco e o outro no Ceará. Esse controle de qualidade é regido pelo Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Por questão de logística o Piauí ficou dependente do Ceará para  analise sanguínea.

“Todo o nosso sangue colhido aqui, parte dele, que é uma amostra, vai diariamente via transporte aéreo para o Ceará, para que sejam feito esses exames, posteriormente o laboratório manda os resultados pro Piauí então o sangue é liberado. E a cada dia estamos clamando a homens e mulheres do nosso estado para criarem esse hábito de cidadania que é doar sangue, pois sempre tem alguém precisando. Não devemos doar sangue apenas quando nos sensibilizamos com alguma reportagem ou alguma história de rede social, mas sim fazer dessa ação um hábito rotineiro nosso, destacou Jurandir Martins.

Além do Hemocentro de Teresina, o Piauí possui um Hemocentro em Parnaíba, no norte do estado, e nos municípios de Picos e Floriano, no centro sul.



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Fonte: Governo do Estado �|� Publicado por:
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